Ilan quer desencantar em 2003

O atacante Ilan, do Atlético, não quer nem lembrar que 2002 existiu. Uma série de contusões o tirou de atuação na maior parte do tempo e uma complicação pós- operatória quase encerrou sua carreira. Uma frustração que o deixou mais no departamento médico do clube e, no hospital, do que nos gramados. Agora, em 2003, o artilheiro espera espantar o azar e assumir a responsabilidade de liderar a jovem equipe rubro-negra. Em entrevista à Tribuna, ele revela o drama pelo qual passou.

Paraná-online

– Você foi submetido a cirurgia, que teve complicações. Como foi isso?

Ilan

– Foi feito um tratamento conservado, que deve ser feito e, depois, foi feita a cirurgia e tudo bem. Depois de um tempo, voltei a treinar e acabei rompendo um adutor. Houve um infecção, não sei de onde, e, eu tive que voltar para o hospital. Fiquei mais uma semana no hospital com essa infecção.

Paraná-online

– Que foi séria.

Ilan

– Foi. Eles não querem admitir, o pessoal do hospital. Pode ter sido até uma infecção hospitalar, coisa que todo mundo está sujeito a acontecer. Mas, foi sério e fiquei três meses e meio tomando antibiótico. E, esse medicamento debilita. Para você conseguir uma condição física nesse tempo é difícil e aí já estava no final do Campeonato Brasileiro e eu só pude jogar uma partida só. Quinze minutos contra a Portuguesa e vim ficar bom agora no início do ano e não sinto mais nada.

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– Acabou sendo um ano perdido para você.

Ilan

– Foi. A última partida minha, antes dessa do Brasileiro, foi a final da Sul-Minas. Depois eu fiquei dois meses parado, só tratando para ver se melhorava, não adiantou e a gente partiu para a cirurgia.

Paraná-online

– E agora, em 2003?

Ilan

– Está tudo bem. Estou recuperado, sem dor, sem nada. É claro que a gente toma algumas precauções em alguns tipos de exercícios para que não possa vir a dor novamente.

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– E a responsabilidade de substituir o Kléber e o Alex Mineiro, já que a torcida irá fazer a cobrança?

Ilan

– A torcida sempre cobra e sempre vai cobrar, não interessa quem esteja no campo. Foram dois bons jogadores que acabaram saindo, coisas do futebol, e quem fica vai ter a mesma responsabilidade.

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– Dá para manter, ou melhorar, o futebol que o Atlético mostrou no ano passado?

Ilan

– Sempre dá para melhorar. A gente procura sempre trabalhar para isso. Às vezes, não acontece, mas a cabeça está sempre voltada para as melhores coisas.

Paraná-online

– Os jogadores que entrarem podem substituir à altura aqueles que saíram?

Ilan

– Eu acho que sim. Gradativamente, dando tempo aos meninos que estão subindo, eles vão mostrar valor.

Fabiano cada vez mais “alemão”

Rodrigo Sell

O lateral-esquerdo Fabiano, do Atlético, está cada vez mais próximo do futebol da Alemanha. Os dirigentes do Bayern de Munique estão acertando os últimos detalhes com o empresário Juan Figer para contratar o atleta ainda este mês. A expectativa é que a novela chegue aos últimos capítulos ainda esta semana. Além dos alemães, o Palmeiras também continua aspirando a possibilidade de contar com o destaque do Furacão. Já o São Paulo desistiu oficialmente de entrar no leilão pelo lateral.

Segundo apurou a reportagem da Tribuna, representantes do Bayern vieram ao Brasil e viajaram para Montevidéu para se reunirem com o uruguaio Juan Figer. “Se eles vieram ao Brasil é porque as negociações estão adiantadas”, disse uma fonte à Tribuna. De acordo com essa pessoa, que teve acesso às negociações, a recusa do Atlético em aceitar a proposta do Tricolor paulista mostra que a opção alemã é a mais vantajosa no momento. “O Atlético não perderia a oportunidade de negociar com o São Paulo se não tivesse nada engatilhado”, aponta.

Até amanhã as partes devem entrar em acordo e finalizar os últimos acertos. A pressa, agora, é importante para que Fabiano não saia prejudicado em sua nova equipe. Há uma semana fora do CT do Caju, o jogador só está treinando em academias, sem contato com a bola. Para voltar a jogar, ele precisará de um trabalho especial, que o deixe próximo do rendimento físico dos companheiros, seja no Bayern, no Palmeiras ou até mesmo no Atlético.

São Paulo

Até a semana passada, o Morumbi era o destino quase certo do atleticano até que os alemães voltaram a se interessar pelo jogador e tiraram o São Paulo da jogada. “Já fizemos nossa última proposta, que não foi aceita. O São Paulo não fará nova proposta. Encerramos essa negociação”, dispara o presidente do clube paulista, Marcelo Portugal Gouvêa. Os dirigentes são-paulinos tentaram colocar alguns jogadores na transação, que não foi aceita pela diretoria rubro-negra. Agora, o Tricolor só volta a pensar em Fabiano se o atleta não for para a Alemanha.

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