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Ídolo da Turquia, Sukur recebe ordem de prisão por suspeita de ligação com golpe

Maior artilheiro da história da seleção turca, o ex-jogador Hakan Sukur recebeu uma ordem de prisão. O promotor que pediu a condenação acusa Sukur de ligação com o clérigo Fethullah Gulen, apontado pelo governo como o principal líder da tentativa de golpe de Estado, em julho.

Desde dezembro do ano passado, Sukur mora com sua família nos Estados Unidos. Assim, foi emitida uma ordem internacional pedindo sua detenção e entrega à Turquia.

A ordem de prisão acusa Sukur de “pertencer a uma organização terrorista armada”, referindo-se à confraria de Fethullah Gulen. O pai do ex-jogador, Sermet Sukur, um empresário do setor de construção, também foi condenado e já foi preso na manhã desta sexta-feira.

Ex-jogador de Galatasaray, Torino e Inter de Milão, entre outros importantes clubes do futebol europeu, Sukur é um dos maiores jogadores da história do futebol turco. Seu envolvimento direto com a política, por sua vez, começou em 2011, quando foi eleito deputado pelo partido AKP, do presidente Recep Tayyip Erdogan.

Mas, dois anos depois, em protesto pelo rompimento entre os então aliados AKP e confraria de Gulen, Erdogan renunciou ao partido, mas não ao seu posto de deputado. E fez elogios públicos à confraria.

Sukur chegou a condenar publicamente a tentativa de golpe em sua conta no Twitter. Mas sua ligação com Gulen provocou a indignação de grande parte dos torcedores turcos.

Mais de 270 pessoas morreram durante a tentativa de golpe. Desde então, o governo turco iniciou uma contraofensiva com dezenas de milhares de exonerações, ordens de prisão e intimações para depoimentos.

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