Uma sonora risada foi a primeira reação do vice-presidente Marcos Hauer, responsável pelos estudos do novo estádio do Coritiba, ao saber da ideia da “Arena Atletiba” lançada pelo ex-presidente atleticano Mario Celso Petraglia. O diretor alviverde descarta a participação coxa-branca no empreendimento, mas no desenrolar da conversa concordou que a proposta “tem alguma sensatez”.

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Hauer diz não se opor à construção de um estádio único para Atlético e Coritiba incluiria também o Paraná na jogada. Mas discorda que essa praça fosse erguida na Baixada. “Não venderíamos nosso patrimônio para colocar na Arena”, assegurou.

Para Hauer, o Atlético não encontrará um investidor que banque os R$ 138 milhões restantes para adequar a atual Baixada ao caderno de encargos da FIFA. O mesmo problema inviabilizaria a arena conjunta nos moldes propostos por Petraglia.

“Se o estádio não for erguido pelo poder público, é preciso um investidor. E um grande investidor precisa de espaço para outros empreendimentos que deem retorno, como supermercado, shopping ou hotel. Na Arena não há espaço para isso”, diz Hauer.

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Um estádio para os três principais clubes do Estado, segundo o dirigente, poderia dar lucro ao movimentar 100 jogos por ano. Mas por outro lado, além da resistência de torcedores apegados à tradição, haveria problemas para equacionar a venda de ingressos para sócios, segundo Hauer.

O gancho para a construção deste novo estádio seria a Copa do Mundo, mas a Prefeitura de Curitiba e o governo do Estado descartam gastar recursos públicos neste tipo de projeto.

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Assim, o Coxa segue estudando a melhor alternativa para seu novo estádio. Segundo Hauer, o clube agora vai guardar as principais novidades sobre o assunto para divulgá-las nas festividades do centenário.

Mas o dirigente antecipou que as negociações estão “amadurecendo rapidamente” e confirmou que o Coxa voltou a cogitar a construção do estádio em outro local, por conta dos vetos da Prefeitura a obras com grande fluxo de pessoas no Alto da Glória.