Harmonia, a marca da nova seleção de Parreira

São Paulo (AG) – À imagem e semelhança de seu treinador, a seleção brasileira adotou o tom ameno de Carlos Alberto Parreira. Depois de uma semana de agenda positiva, com visita de Daniella Ciccarelli, promessas de casamento e festa pelos 90 anos da CBF, o time vai enfrentar a Bolívia sem seis titulares e qualquer conflito aparente. Com Ronaldinho Gaúcho confirmado, Parreira só define o time hoje, mas nem a incerteza mexe com os jogadores.

? Se for para reserva, vou aceitar normalmente. Assim como acho que tenho condições de jogar, os outros 22 também têm ? diz Alex.

Adriano, que começou os treinos como titular mas foi substituído na fase final do treino, espera ter a oportunidade de jogar pela primeira vez ao lado de Ronaldo.

? Ficaria feliz, não esperava que fosse ocorrer tão cedo, mas é preciso respeitar a escolha do técnico.

Com Adriano, Ronaldinho Gaúcho recua e passa a vir de trás com a bola dominada. A opção por Alex faz o craque do Barcelona avançar para o ataque, ao lado de Ronaldo.

? Para mim não tem preferência. Fica bom dos dois jeitos ? disse o craque do Barcelona, que mostrou estar recuperado da lesão no tornozelo no coletivo em que o time reserva foi completado pelo jovem atacante Toró, do Fluminense.

Já vai longe o tempo em que havia declarações contundentes e algum sinal de rebeldia na seleção. O discurso do grupo parece estar mais afinado do que o próprio time, em razão das ausências de Dida, Juan, Cafu, Kaká, Zé Roberto e Lúcio.

? Nossa campanha tem sido de razoável para boa, mas ainda não está ótima, porque mexemos pouco e mantivemos a base. Claro que com os desfalques perde-se em entrosamento, mas não em qualidade, que é abundante no futebol brasileiro ? disse Parreira.

Em alta na Itália e no Brasil, após a conquista da Copa América, Adriano vive a melhor fase da carreira. Preterido na última convocação para a Copa de 2002, Alex ainda luta para se firmar na seleção e no futebol europeu, onde está de volta, agora no Fenerbahçe, da Turquia. Melhor jogador em atividade no Brasil no ano passado, o apoiador tem o objetivo de brilhar numa Copa:

Claro que o objetivo é este. Mas muitos outros grandes jogadores não se consagraram numa Copa e não deixarem de ser grandes por isso. Sou muito bem resolvido quanto a isso. Sei que tinha condições de estar na última Copa, até mais do que outros que lá estavam.

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