Há vinte anos morria Mané Garrinha, a alegria do povo

No dia 20 de janeiro de 1983 o futebol brasileiro e mundial ficou um pouco mais triste. Desaparecia o maior representante do futebol-arte, o drible em forma humana. Manoel do Santos, Mané Garrincha, morria aos 49 anos. A vida curta se deveu ao fato dele desde cedo ter se entregado à bebida. Porém nesta segunda-feira, quando completa-se 20 anos da morte de Garrincha, o que tem que se recordar é a alegria passada por um dos maiores jogadores da história do futebol em todos os tempos.

Garrincha foi sem dúvida alguma, o maior fenômeno da história do futebol. Sua maior característica era o drible: o mais espetacular que já se viu no esporte. Suas arrancadas e cruzamentos também eram igualmente incríveis. Faltaram palavras para definir a qualidade de Garrincha.

Considerado um dos melhores jogadores do mundo e o melhor ponta-direita do esporte. Suas pernas tortas eram sua maior marca. As duas tortas para a esquerda, não o impediam de jogar bola, embora no começo de carreira tivesse encontrado alguns problemas.

Alguns chegaram a chamá-lo de aleijado. Ele não desistiu e provou que poderia ser um jogador espetacular. Em nenhum outro esporte ele teria chances de ser um grande atleta, em decorrência de seu defeito físico. Outra característica marcante de Garrincha era sua ingenuidade, que muitos achavam ser também um problema mental. Era uma “criança”, divertindo-se nos gramados brasileiros, sem se importar muito com o lado profissional do futebol. Capaz de ser enganado muitas vezes, muitas frases foram atribuídas a ele por jornalistas.

Começou no Botafogo, já com 19 anos. Antes, era amador no Pau Grande e já chamava atenção por seus dribles, jogando na meia-direita. No primeiro treino do clube, Nílton Santos, “A Enciclopédia do Futebol”, exigiu sua contratação, pois não gostaria de enfrentar um jogador tão maravilhoso em outro clube. E assim foi feito. Garrincha se destacou no Botafogo, onde ficou até o seu auge. Em 1955 chegou à Seleção Brasileira. Em 58, disputou a Copa do Mundo, com a camisa 11. Foi eleito o melhor ponta-direita do Mundial e ganhou o título com a Seleção Brasileira.

Na Copa seguinte, eleito o melhor jogador de toda a competição e novamente campeão. Em 1966 foi para o Corinthians Paulista, onde ficou até o final do ano. Disputou alguns amistosos com a Portuguesa Carioca e com o Atlético Junior, da Colômbia. Em 68 voltou a ativa, dessa vez defendendo o Flamengo. Entre 70 e 71, jogou alguns amistosos com equipes amadoras da Itália. Em 72, ingressou em seu último clube, o Olaria do Rio de Janeiro. De 73 até 82 (um ano antes de sua morte), jogou partidas amistosas por equipes pequenas do interior do Brasil.

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