O atacante Guerrón mais uma vez saiu do Couto Pereira com más recordações de um Atletiba. O equatoriano perdeu sua cobrança de pênalti e impediu o Furacão de acabar com a hegemonia do Coritiba em títulos do Campeonato Paranaense. Ontem, ele disputou seu terceiro clássico na casa do Coxa e pela terceira vez esteve envolvido em lances que interferiram diretamente no resultado da partida.
No primeiro clássico, ainda em 2011, o atacante foi expulso. A situação se repetiu no Atletiba do returno do Estadual deste ano. Ontem, foi ainda pior. O jogador foi o único a errar a cobrança de pênalti.
Mas Guerrón foi imediatamente apoiado pelos colegas, que foram até a marca do pênalti para confortá-lo. Já a torcida se dividiu. A repercussão também foi imediata nas redes sociais, e se de um lado foi criticado, de outro ganhou o apoio de boa parte dos torcedores – até pelo bom desempenho que vinha tendo no Paranaense.
Quem também precisou assimilar o golpe foi o técnico Juan Ramon Carrasco, que teve ontem sua primeira decisão de título no futebol brasileiro e não consegui sair com boas lembranças.
O uruguaio lamentou o revés, mas antes disso, o discurso foi de defesa de seus jogadores. “Hoje [ontem] era final, e, às vezes, não se consegue encaixar as jogadas. Mas estou orgulhoso dos meninos. Sinceramente, não me passa pela cabeça um ponto negativo nesse time”, afirmou o treinador.
Novamente, a escalação teve surpresas com novas improvisações, que desta vez funcionaram e deram mais volume de jogo ao Furacão. Porém, Carrasco se nega a chamar suas atitude de improviso e se defende sob a justificativa de que a decisão só é tomada depois de muito treino.