Grêmio dispensa Danrlei após dez anos de clube

Porto Alegre – Ele sonhava encerrar a carreira no Grêmio, passar por alguns cargos auxiliares e virar presidente do clube. Mas ontem o goleiro Danrlei de Deus Hinterholz, 30 anos, acordou pela primeira vez como ex-jogador do tricolor gaúcho à espera de convites para seguir sua polêmica trajetória em outros campos. Dispensado pelo presidente Flávio Obino no início da noite de segunda-feira, ele saiu por um portão lateral do estádio Olímpico, quase às escondidas, numa retirada frustrante para quem se acostumou a colecionar títulos e era tido como um símbolo dos anos gloriosos do Grêmio.

A desgraça de Danrlei começou com a chegada do técnico Adílson Batista ao Olímpico, no final de agosto. Um mês depois, após falhar num gol da derrota por 3 a 1 para o São Paulo, o titular incontestável por dez anos foi afastado do time. Como conseguiu manter o Grêmio na primeira divisão, Adílson foi confirmado no cargo para 2004 e não fez cerimônias para dizer que Danrlei não estava nos planos. Nunca explicou, no entanto, os motivos de sua decisão.

O goleiro estava no Grêmio desde os 14 anos. Como titular, desde 1993, colecionou faixas com a mesma velocidade com que se meteu em encrencas. Foram 16 títulos, com destaque para a Libertadores de 1995 e o brasileiro de 1996, num time que tinha Adílson como zagueiro e capitão do time. E brigas a socos com adversários como o palmeirense Válber, em 1995, e goleiros reservas do Grêmio, como Sílvio, em 1998, e Eduardo Martini, em 2002, além de uma agressão ao diretor Denis Abrahão em 2001.

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