Grêmio deve até para “guru espiritual”

Porto Alegre –

Quase três semanas depois de completar 100 anos de fundação, o Grêmio, lanterna do brasileiro e maior candidato a cair para a segunda divisão, vive um inferno astral. Sua situação na tabela piorou, o trabalho do técnico Adílson Batista começa a ser contestado e o clube agora está envolvido em um clima de insegurança, misticismo e mudanças que colocaram no banco jogadores até então considerados intocáveis, como o goleiro Danrlei.

A semana tumultuada começou com o reforço da segurança dos jogadores, já que ocorreu uma ameaça de agressão aos atletas. Um torcedor foi retirado do Olímpico por bater boca com o capitão da equipe, Roger. A ameaça aos jogadores teria partido de integrantes da facção Torcida Jovem e levou o Grêmio a reforçar a segurança no estádio com mais 20 homens do que o habitual e duas viaturas da Brigada Militar estacionadas no pátio do estádio.

Para completar, apareceu por lá uma pessoa que se intitula guru espiritual, cobrando uma dívida de R$ 34 mil por supostos serviços prestados ao clube, ano passado, que teria levado o clube a se classificar para a fase final da Libertadores. Landir Sobral, o guru em questão, acusou antigos dirigentes gremistas – o ex-presidente José Alberto Guerreiro e o ex-superintendente João Carlos Krieger – de dar calote. “Tenho provas de que eles me contrataram para fazer um serviço espiritual para ajudar o Grêmio a obter a classificação para a fase final da Libertadores, o que foi conseguido. Recebi por esse trabalho R$ 16 mil, num camarote no Olímpico. Ainda estão me devendo R$ 34 mil”. Sobral, no entanto, não garante que o clube escape da Segunda Divisão, pagando ou não a suposta dívida.

Guerreiro nega qualquer envolvimento com Sobral e o acusa de charlatanismo.

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