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Governo queniano dissolve comitê olímpico após escândalos antes e durante Jogos

O Comitê Olímpico Nacional do Quênia foi dissolvido pelo governo do país, segundo informou o ministro dos Esportes da nação, Hassan Wari, nesta quinta-feira. O anúncio ocorre após uma sucessão de escândalos que, em parte, dificultou a participação dos atletas nos Jogos Olímpicos do Rio.

Os problemas incluíram sérios casos de doping – chefe da equipe de atletismo do Quênia, Michael Rotich chegou a ser expulso da Olimpíada e preso após ser envolvido em um escândalo -, passagens de avião perdidas, um suposto roubo de materiais esportivos e a presença de oficiais com funções pouco claras.

Na avaliação do ministro, os problemas ocorridos prejudicaram a moral dos atletas. Assim, ele passou o poder temporário à Sport Kenya, uma organização governamental fundada em 2013, que organizará novas eleições para o comitê.

“Pelo ocorrido, dissolvo o Comitê Olímpico Nacional do Quênia com efeito imediato, e transfiro suas responsabilidades interinamente à Sport Kenya, que se assegurará de adotar uma nova constituição e de construir o calendário eleitoral”, decretou Wari.

A resolução do ministro revoltou o secretário-geral do comitê, Francis K. Paul. Logo após o anúncio, ele garantiu que avisaria o Comitê Olímpico Internacional para recorrer a tribunais. E garantiu que não deixará sua função.

“Entregamos nosso informe e, nele, talvez pudessem ser encontradas outras coisas e, quem sabe, descobrir que não estávamos errados, porque demos conta dos uniformes que recebemos”, defendeu-se Paul. “Não sairemos de nossos escritórios, pois não ocupamos um edifício governamental e pagamos nossas contas. Não vamos a lugar nenhum.”

O governo queniano já abriu uma investigação oficial para apurar os problemas ocorridos no Rio-2016. Mesmo com as dificuldades, os atletas do país terminaram os Jogos Olímpicos com 13 medalhas – seis de ouro, seis de prata e uma de bronze.

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