Governo libera uso de bandeiras no Mineirão

Depois de oito anos, os torcedores de Atlético-MG e Cruzeiro poderão levar novamente suas bandeiras ao Mineirão. A decisão foi adotada em caráter experimental e só valerá até o final deste ano. A medida vale a partir deste domingo (23), quando o Cruzeiro enfrenta o Flamengo e também é valida nos jogos Atlético x Santos, no dia 30 e para Cruzeiro e Portuguesa, no dia 7 de dezembro.

Em cada uma das partidas, serão permitidas 100 bandeiras, com tamanho a partir de 3,5 metros e mastro de bambu com mínimo de seis metros de comprimento, no anel superior do Mineirão.

O responsável pela bandeira deve ser vinculado a uma das Torcidas Organizadas do Atlético ou Cruzeiro e ser cadastrado previamente junto à Polícia Militar. Além do nome completo, endereço, telefone e números da carteira de identidade e do CPF, o cadastro deve conter nomes do pai e da mãe e o nome da torcida organizada a qual o torcedor está vinculado.

Para portar a bandeira no estádio, o torcedor deverá se apresentar à PM, nos dias de jogos, entre 13h30 a 14h30, para quando a partida estiver marcada para as 17h; ou entre 14h30 e 15h30, se o jogo for às 18h10. O torcedor do Cruzeiro deverá entrar pelo portão 6 e o do Atlético pelo portão 12. Os mastros deverão ser entregues pelas torcidas, antecipadamente, à Administração dos Estádios de Minas Gerais (Ademg), que deverá guardá-los no Mineirão. Tanto os tecidos quanto os mastros serão vistoriados pela polícia antes dos jogos.

A proibição das bandeiras ocorreu porque os mastros acabavam sendo usado para agredir torcedores rivais durante brigas. O fato culminante foi em 2000, quando as torcidas de Cruzeiro e São Paulo protagonizaram um grave confronto no Mineirão. Os critérios que regulam a volta provisória das bandeiras foram definidos após encontro entre representantes do Atlético, Cruzeiro e América, da Federação Mineira de Futebol (FMF), da Ademg, do Ministério Público (MP), da Secretaria de Defesa Social, das polícias Militar e Civil e da Defensoria Pública.

Porta-voz dos clubes na reunião, o presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, disse que a volta das bandeiras, mesmo num projeto piloto deve trazer mais alegria ao estádio. “O nosso objetivo é fazer dos jogos um espetáculo cada vez mais bonito de se ver e do futebol um negócio financeiramente mais viável para os clubes”, disse.

Voltar ao topo