Governo diz que obra na Arena é o que importa

O secretário especial da Copa, Mário Celso Cunha, disse que não importa quem vai executar as obras do estádio Joaquim Américo, a Arena da Baixada, desde que termine o trabalho.

“Não vamos misturar questões políticas”, disse Cunha, que deu o tom da reação do governo do Paraná à escolha do empresário Mário Celso Petraglia para conduzir as obras exigidas para Copa do Mundo de 2014, segundo decisão do conselho deliberativo do Atlético.

Petraglia não era o predileto do governador Beto Richa (PSDB). O empresário colaborou na campanha do presidente estadual do PDT, Osmar Dias, na disputa eleitoral do ano passado.

Participou de várias reuniões de coordenação da campanha do pedetista, ajudou na estrutura da campanha de Osmar na internet e possuía até uma sala para uso no comitê central da campanha. Atualmente, Petraglia tem boas relações com os dois dos ministros paranaenses, Paulo Bernardo, do Planejamento, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil.

As tentativas de aproximação de Petraglia foram repelidas pelo governo que, extraoficialmente, considerava mais adequada a proposta da empreiteira baiana OAS, que oferecia a construção do estádio em troca da participação dos lucros do clube durante um período de vinte anos.

“Entre a OAS e a Triunfo, nós achávamos melhor a da OAS. Mas o importante é que a Arena seja concluída e a cidade receba a Copa do Mundo. Nós vemos com bons olhos a solução porque o que nos preocupava era a indefinição. Estamos atrasados”, disse o secretário especial da Copa.