Na sala de comissões da Câmara de Vereadores de Curitiba, o futuro presidente da Paraná Esporte, vereador Ricardo Gomide, passou por sua primeira sabatina como presidente da Paraná Esporte, convite formulado e aceito na última terça-feira, pelo governador eleito Roberto Requião.
Sob o olhar atento de dirigentes do Sindicato dos Atletas Profissionais do Paraná (Sindatleta), Ricardo será um dos mais jovens integrantes do segundo escalão. Aos 32 anos, Gomide tem como principal experiência na área, ter sido vice-presidente da comissão de Educação, Cultura e Esporte da Câmara dos Deputados, durante seu mandato de deputado federal (de 1995 e 1999). Antes disso, foi dirigente estudantil (presidente do DCE da PUC-PR e vice-presidente da UNE), e entrega o cargo de vereador dia 31 de dezembro, para no dia seguinte assumir o esporte no Estado.
Depois do convite, Ricardo começou a fazer os primeiros contatos para se inteirar da situação da Paraná Esporte. Ontem, logo depois do encontro com os dirigentes do Sindatleta, ele teria uma reunião de transição para dentro da autarquia.
O projeto de Gomide é transformar o Estado num centro de referência na promoção do esporte de base, recuperando os Jogos Escolares. Para tanto, ele pretende “oxigenar o esporte estadual, resgatando os professores de educação física.” No entender de Gomide, eles seriam a base para a formação de atletas.
Para alcançar seu objetivo no entanto, Gomide promete formular, até o fim de fevereiro, uma política estadual de esporte que vigore nos próximos quatro anos.
Uma reivindicação do Sindatleta, no entanto, foi aceita ontem mesmo: a entidade poderá indicar um nome para o, até hoje, inoperante Conselho Estadual de Esporte, que Gomide promete transformar num foro de discussões da política que pretende instituir.
O Sindatleta vai indicar Clóvis Costa, advogado da entidade.
No bojo desta nova política, Gomide promete se empenhar para formular e aprovar na Assembléia Legislativa uma lei estadual de incentivo ao esporte. “Esta será uma das bandeiras de minha atuação na Paraná Esporte”, revelou Ricardo.
Sobre os centros de excelência, que foram o carro-chefe do esporte no Estado nos últimos oito anos, Gomide diz ter intenção de mantê-los. “Mas vamos tentar dar uma nova orientação aos centros de excelência”, sem específicar qual mudança.
Uma coisa porém ficou clara, ele pretende dar continuidade à parceria entre Estado e Rexona, mas vai tentar rever a exclusividade do Tarumã como núcleo principal da projeto do vôlei. “O Tarumã é um patrimônio do Estado, e não pode ser exclusivo de uma modalidade apenas”, finalizou Gomide.