Goiás passa fácil pelo Atlético no Serra Dourada

O Atlético foi para Goiânia com o sonho de parar a melhor equipe do segundo turno do campeonato brasileiro e manter a esperança em uma vaga na Copa Sul-Americana. Acabou goleado e praticamente deu adeus a qualquer torneio internacional em 2004. Com uma atuação confusa, perdeu para o Goiás por 4 a 1, mas se manteve na modesta 16.ª colocação da competição. O próximo compromisso do Furacão será o São Paulo, domingo, na Arena.

Na busca da tão almejada vaga na Copa Sul-Americana, o Atlético precisava vencer cinco das últimas seis partidas que restavam no campeonato brasileiro. Justamente o primeiro jogo era o considerado mais difícil deles pelo técnico Mário Sérgio. Com razão. Os goianos não estavam para brincadeira. Ficaram cozinhando o Atlético, deram espaço e armaram o bote no contra-ataque.

O Rubro-Negro esboçou um domínio territorial nos primeiros 30 minutos, mas a produtividade foi muito pequena. Atuando no 3-6-1, mas com jogadores improvisados ou que não produziram o esperado, a tática acabou naufragando. Os meias Fernandinho e Rodriguinho chegaram a arriscar em algumas oportunidades, mas só um chute foi realmente perigoso. O bom goleiro Rodrigo Calaça espalmou. Do outro lado, o time de Cuca chegava próximo somente nas bolas paradas. De uma delas, surgiu o primeiro gol. Após um rebote na zaga, Grafite apanhou a bola, limpou a zaga e chutou cruzado.

A desvantagem desequilibrou o Furacão. O time partiu com tudo para o ataque e abriu a defesa para os velozes goianos. Foi assim que Grafite recebeu na direita e cruzou para Dimba virar e aumentar o marcador. Os descuidos continuaram e Araújo não perdoou. Ele pegou uma sobra de bola no meio-de-campo, avançou como quis e só rolou para Dimba entrar na área e encobrir Diego. A goleada estava estampada.

“Vamos conversar com o Mário para ver o que fazer no segundo tempo”, apontou o atacante Alex Mineiro. Já o goleiro Diego não entendeu como um time que dominava a partida leva três gols em 15 minutos. “Temos que chegar mais. É difícil de falar sobre o que aconteceu”, disse.

Era visível o descontentamento do arqueiro, que tentava articular a defesa, mas não era atendido. Os erros continuaram e os espaços cada vez mais apareciam para os atacantes goianos. Mário Sérgio ainda tentou uma mudança colocando Jádson e Ricardinho. Mas, ao contrário do primeiro tempo, nem domínio territorial teve o Atlético. As jogadas de ataque escassearam e o gol rubro-negro só saiu de uma bola mal-atrasada pelo zagueiro Fabão.

Mesmo levando o gol, o Goiás não se segurou atrás. Continuou indo para frente e o versátil Araújo acabou também sendo premiado. Ele foi lançado, limpou o goleiro e o volante Alan Bahia e tocou fraco para o fundo das redes. Na seqüência, o zagueiro Tiago ainda cabeceou uma bola na trave no apagar das luzes e mais uma vez jogadores, técnico e dirigentes saíram dando explicações.

Apito

O carioca Jorge Fernando Rabelo irá comandar a partida Atlético x São Paulo, às 16 horas de domingo, na Arena. Ele será assistido pelos conterrâneos Carlos Henrique Alves de Lima e Marcos Tadeu Penichi Nunes.

Jogo na Arena pode ser último de Luís Fabiano

AE

São Paulo – O julgamento do atacante Luís Fabiano, do São Paulo, foi marcado para terça-feira. Ele deu uma cabeçada no jogador Marquinhos, do Corinthians, ofendeu a juíza Sílvia Regina de Oliveira, que o expulsou, e pode pegar a pena máxima de seis jogos.

Caso isso aconteça, a partida contra o Atlético, domingo, será a sua última no campeonato brasileiro. “Não acredito nisso. Espero pegar no máximo três jogos, e continuar lutando para quebrar o recorde de gols do brasileiro. Quero fazer um ou dois contra o Atlético”, afirmou o atacante, que já marcou 28 gols neste campeonato e precisa de mais dois para desbancar Edmundo, o maior artilheiro em um campeonato brasileiro.

Além de Luís Fabiano, o São Paulo vai perder Kléber, convocado para a seleção sub-20. Ele recebeu também uma proposta do Dínamo de Kiev. “É uma proposta boa para mim, para jogar quatro anos lá. Minha idéia não é sair, gostaria de ficar aqui e ter o meu trabalho mais reconhecido”, disse Kléber, pedindo um aumento de salário para ficar no clube. “Nós não queremos que ele saia”, diz Marco Aurélio Cunha, supervisor de futebol do clube.

Entre tantos problemas, o São Paulo comemora a volta de Souza, após cinco meses e meio afastado, em função de uma lesão nos ligamentos do joelho direito. Voltou contra o Fluminense, na quarta, e fez boas jogadas. “A primeira bola que peguei, já dei um chute para ver se estava tudo bem. Depois, me senti muito bem e consegui fazer umas boas jogadas. Estou muito feliz e confiante”, afirma. Souza fica no banco contra os paranaenses. “É uma grande opção que eu ganhei”, diz o técnico Roberto Rojas.

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