Gionédis reúne jogadores e garante apoio

A hora da cobrança já passou. Depois de duas conversas fortes com o elenco, o presidente Giovani Gionédis disse que chegou o momento de apoiar o elenco do Coritiba, que se reapresentou ontem. Por isso, cria-se novo momento de mobilização a partir de agora, incluindo o ?retiro? em Foz do Iguaçu, que começa amanhã. O mote é o mesmo da primeira ação da diretoria: não se pode jogar toda uma temporada no lixo.

Gionédis revelou que a primeira cobrança aconteceu ainda no Maracanã, logo depois do “desastre do Maracanã”, como o próprio presidente coxa se referiu à derrota para o Fluminense. “Eu falei e mostrei minha indignação e minha tristeza”, contou. “Eles sentiram o baque no primeiro momento. A derrota foi desoladora”, confessou o técnico Paulo Bonamigo.

A segunda reunião foi a de ontem (que durou pouco mais de uma hora), no CT da Graciosa. “Quando a gente fala, cita tudo: a falha do goleiro, o centroavante que erra, o jogador que pede para sair, o outro que dá declarações. Não é o presidente que joga, não é o secretário que joga, não é o técnico que joga”, comentou Gionédis. “Não foi uma conversa formal, hierárquica. Foi um papo firme, de homem para homem, lembrando fatos que aconteceram e que não devem acontecer”, resumiu o presidente coxa.

Depois das citações indiretas às falhas alviverdes no Rio, Gionédis preferiu voltar a apoiar o elenco. “Foram eles que fizeram o Coritiba chegar aos 68 pontos. Eles têm qualidade, e precisam ter a nossa força para manter o equilíbrio que tiveram durante toda a competição”, afirmou o presidente coxa. “O que aconteceu no Rio foi, no final das contas, uma fatalidade”, completou Bonamigo.

Para o treinador, o momento é de mobilização máxima. “Nós temos quatro jogos para disputar, e ainda estamos à frente dos nossos adversários. Não vamos nos desviar do nosso objetivo”, disse Bonamigo. “A gente se cobrou muito. Era a hora de cada jogador se olhar e ver o que está fazendo de errado. Esse momento passou, e agora precisamos partir com tudo nessa reta final do Brasileiro”, concordou o goleiro Fernando.

E tentando unir ainda mais o grupo, o Cori parte amanhã para a intertemporada em Foz do Iguaçu. “Vamos fazer algo semelhante ao que o Cruzeiro fez”, resumiu Gionédis. “É o lugar ideal, porque reúne a qualidade dos locais, o isolamento, a estrutura para treinos e a tranqüilidade necessária para um trabalho dessa importância”, explicou o secretário Domingos Moro.

Bonamigo se irrita com “retranca”

Muito criticado nas últimas semanas, o técnico Paulo Bonamigo garante que não se preocupa. Ele diz só querer saber por que o estão criticando. Segundo o treinador do Coritiba, está faltando “substância” quando se fala dele. E mais uma vez ele repeliu a pecha de ?retranqueiro?, muito associada ao comandante alviverde após a derrota para o Fluminense.

Perguntado sobre isso, Bonamigo desabafou. “Toda vez é essa história de retranqueiro. Se eu jogo com três zagueiros é retranca, se jogo com dois também é retranca. Contra o Fluminense, o time foi sempre ofensivo e acabou perdendo. Essa história de retranca não existe”, afirmou o técnico do Coxa.

O treinador aproveitou para justificar as substituições feitas no Rio de Janeiro. “Todos os jogadores saíram porque queriam sair, estavam lesionados”, disse. “Se não foi pelas substituições, por que estão falando? Eu gostaria de entender”, completa. O trabalho de Bonamigo foi respaldado pelos dirigentes após a reunião de ontem. “O que se faz no clube é altamente positivo”, resumiu o presidente Giovani Gionédis.

E apesar de ter ficado chateado, Bonamigo garante que não se irrita. “Não fico me preocupando com essas coisas. Acho que há muita coisa importante para acontecer, e o meu interesse está na recuperação do Coritiba e na classificação para a Libertadores”, finalizou o treinador.

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