Rio-2016

Ginástica feminina do Brasil brilha no salto e na trave e encaminha classificação

RJ - RIO2016 / GINASTICA ARTISTICA - ESPORTES - Flávia Saraiva durante apresentação no solo na disputa de Ginástica Artística Feminina por equipe na Arena Olímpica da Barra, zona oeste do Rio, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, neste domingo, 7. 07/08/2016 - Foto: THIAGO BERNARDES/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Após três subdivisões, a seleção brasileira feminina de ginástica artística garantiu o 4º lugar na classificação geral por equipes e ficou próxima da vaga na final nos Jogos Olímpicos do Rio. As brasileiras agora aguardam Estados Unidos, Holanda, Japão, Canadá e França entrarem em ação neste domingo (7) para a definição dos oito finalistas.

Entre os sete países que competiram até agora, o Brasil obteve o melhor desempenho na trave e no salto. A fraca atuação no solo e nas barras assimétricas, por sua vez, causaram grande impacto na pontuação final da equipe. No total, o País acumulou 174,054 nos quatro aparelhos. O desempenho das jovens ginastas brasileiras merecem destaque. Rebeca Andrade ocupa o primeiro lugar no individual geral e Flavia Saraiva está em 7º na disputa com as ginastas mais completas do mundo, além de aparecer na liderança da trave até o momento.

A carismática Flavinha deu um show na trave na classificatória. Com a maior nota de partida das brasileiras, a jovem de 16 anos também teve a melhor execução e garantiu 15,133. O resultado deixou a atleta na liderança do aparelho e surpreendeu até mesmo a ginasta, que levou as mãos à frente da boca. Ela já tinha saído sorridente da área de competição e distribuindo tchauzinhos.

Antes de Flavinha, mais 36 ginastas já haviam se apresentado na trave. A brasileira Daniele Hypolito sofreu diversos desequilíbrios, mas cravou a saída e garantiu 14,266. E Jade Barbosa não fez um bom papel, obtendo 13,600. A ginasta ficou na torcida pelo sucesso de Rebeca Andrade, que garantiu 14,200. Assim, a baixa nota de Jade foi descartada.

O Brasil deixou bastante a desejar no solo. Em sua quinta Olimpíada, Daniele teve o pior desempenho entre as brasileiras no aparelho, que é um dos seus pontos fortes, e somou 12,400. A veterana de 31 anos escorregou e caiu de bunda em um dos saltos, na acrobacia seguinte, pisou para fora do limite do tablado. Enquanto aguardava a nota, usou o telão para pedir desculpas ao público presente na Arena Olímpica do Rio.

Jade também cometeu falhas e foi penalizada com um décimo por pisar fora da linha do tablado antes mesmo de saltar. Mas a nota 13,733 entrou para a conta da equipe brasileira. Ao som de Beyoncé, Rebeca empolgou o público e saltou alto. No entanto, apresentação lhe rendeu 14,033 – a mesma pontuação obtida por Flávia. O encanto da pequena ginasta levou o público a vaiar a avaliação dos árbitros.

As brasileiras tiveram chance de dar a volta por cima no salto. Lorrane Oliveira entrou para somar para a equipe, garantindo 14,833. E Jade conseguiu se redimir com a nota 14,900. A melhor pontuação ficou por conta de Rebeca. O ótimo desempenho lhe rendeu 15,566, nota que seria suficiente para a brasileira conquistar a medalha de bronze no Mundial de Glasgow, em 2015.

Como Rebeca realizou apenas um salto, ela não pode entrar na disputa da final pelo aparelho e sua nota contou somente para a disputa por equipes. Enquanto as anfitriãs aguardavam a próxima rotação, a britânica Elissa Downie sofreu uma queda feia no solo e saiu amparada pelos médicos. Com 12,500, a ginasta ainda conseguiu uma melhor nota que Daniele Hypolito. No entanto, o incidente a fez abandonar a competição.

Por fim, foi a vez das barras paralelas assimétricas. E as brasileiras mostraram evolução no aparelho neste domingo. Jade aproveitou o bom momento e arrancou 14,933, encerrando sua participação com um sorriso. As outras duas notas válidas foram de Rebeca (14,266) e Lorrane (14,158). Já Flavinha sofreu uma queda durante a série e ficou com apenas 12,733, fechando a participação do Brasil na classificatória.

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