Ginástica do Brasil pode ficar fora do pan

Em novembro de 2002, as curitibanas Vicélia Florenzano e Eliane Martins, respectivamente presidente e vice da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), estiveram na República Dominicana, comandando a delegação brasileira que participou do Pan-americano Juvenil de Ginástica. A competição foi uma espécie de teste para saber como o país se comportaria realizando um evento internacional na modalidade. Elas também observaram o andamento das obras do ginásio que seria construído para o Pan-Americano de Santo Domingo, que será realizado em agosto.

O atraso na construção do ginásio, que abrigará o esporte durante o Pan, deixou as duas desconfiadas. A CBG já confirmou o envio de uma comissão no mês que vem a Santo Domingo, para ver como está a obra. A direção da entidade, no entanto, não descarta a possibilidade de não enviar atletas aos jogos.

“Seria uma pena ficarmos de fora. Mas no campeonato juvenil, a ginástica olímpica foi realizada num ginásio de basquete e a artística no de uma escola. O ginásio do pan só tinha os muros de pé. Mas como é a menina dos olhos deles, vamos ver como está agora para chegarmos a uma decisão final”, comentou Eliane.

Como se não bastasse o problema das obras, a falta de estrutura do país também preocupa. “Ele é muito bonito, mas tem sérios problemas. Teve um dia no juvenil, que as competições tiveram de ser interrompidas umas quatro vezes devido à queda de energia. Sem falar os aparelhos que foram emprestados por Porto Rico e a falta de um sistema de refrigeração”, disse.

O drama não termina aí. Eliana também é secretária-geral da União Pan-Americana de Ginástica, que tem Vicélia como presidente e é ligada à Organização Desportiva Pan-Americana (odepa). Como a confederação da República Dominicana não tem experiência em eventos, as brasileiras ficarão responsáveis por organizar as competições de ginástica no pan-americano.

“Com tudo aprovado, alguém da Confederação Brasileira vai para lá com 45 dias de antecedência, com o objetivo de ajudar a organizar as competições”, finalizou Eliane.

Visita

Hoje promete ser um dia especial para as meninas da seleção feminina de ginástica do Brasil. As principais ginastas da equipe permanente vão fazer uma visita às crianças da Unidade de Hemodiálise do Hospital Pequeno Príncipe, seguida de uma apresentação.

No momento da visita, estarão em tratamento 13 crianças. Mas a UH atende 348 crianças de todo o Brasil, através da Fundação Criança Renal, que é referência no País para este tipo de tratamento infantil.

Além da visita, serão distribuídas camisetas autografadas pelas ginastas da seleção permanente, para algumas das crianças visitadas.

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