Giba se emociona em visita ao Erasto Gaertner

Ele não deixa de surpreender. Ontem o londrinense Gilberto Amauri de Godoy Filho, o Giba, fez uma visita “oficial” ao Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, unidade de saúde especializada em atendimento de câncer. Na verdade Giba foi “pagar” uma promessa: entregar uma das camisas que utilizou na vitoriosa campanha da seleção olímpica de vôlei em Atenas, autografada pelo grupo todo, ao mastologista e ginecologista Carlos Afonso Maestri, responsável por acompanhar o parto da filha Nicoll.

O presente foi na realidade uma ajuda. A direção do hospital fará um leilão da camisa, juntando recursos para a construção de um andar na unidade de saúde. Vítima de leucemia nos primeiros anos de vida, Giba se emocionou com a homenagem feita por crianças que o esperavam na porta da instituição e chorou. Voltou a chorar quando tentou dizer algumas palavras. “Vocês é que merecem as palmas”, dirigindo-se às crianças, mães, funcionários e voluntários que atendem no hospital.

Além de agradecer a Maestri, o presente de Giba foi um agradecimento pelo que o Hospital Erasto Gaertner representou em sua vida. Aos seis meses, sua mãe, Solange, descobriu que Giba tinha leucemia. O tratamento foi todo ambulatorial. “E muita fé em Deus”, ressaltou sua mãe, que também recebeu homenagem, pela fibra e coragem de superar um momento difícil como esse. Giba lembra-se apenas que por volta dos cinco anos, ia ao Erasto para fazer exame de sangue.

Ao receber um desenho com a bandeira do Brasil dos pequenos pacientes, Giba voltou a chorar. Emocionado, falou: “Vocês têm que acreditar que vão ficar bons”. Ele próprio não perdia a oportunidade de demonstrar agradecimento por sua saúde. “Tenho que agradecer muito por Deus ter me dado essa dádiva tão grande de continuar lutando”, afirmou. “Acho que Ele estava reservando alguma coisa de especial para mim para que eu pudesse estar hoje aqui agradecendo e dando alguma coisa em troca a essas crianças.”

O presidente da Liga Paranaense de Combate ao CÂncer, Luiz Antônio Negrão Dias, entidade mantenedora do hospital, afirmou que o novo andar será reservado para o transplante de medula óssea em uma estrutura que começou a ser levantada há cerca de 15 anos, mas está parada.

A estimativa é que custe R$ 400 mil. No ano passado, o hospital atendeu 200 mil pacientes. Para este ano a previsão é de 230 mil.

Para Giba, há necessidade de as empresas terem mais comprometimento com causas como a da saúde. “O País é maravilhoso, mas a gente que viaja o mundo inteiro, que mora fora, sabe que falta ainda muita coisa aqui”, acentuou.

Acompanhado da esposa e de Nicoll, Giba confessou estar curtindo muito o momento. “Não quero deixá-la meia hora sozinha”, finalizou.

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