O técnico Toninho Cecílio terá cinco dias para buscar soluções para alguns dilemas. Afinal, assim como acontecera com seu antecessor, Ricardinho, muitas tentativas já foram feitas e o Paraná caminha para fechar o ano sem uma equipe definida. Inclusive no que diz respeito ao plano tático. O treinador já armou o time no 4-4-2, com três zagueiros, com três atacantes, e nada. Sem maiores objetivos na temporada, e ainda convivendo com salários atrasados, o time estagnou.
Nesse processo, alguns jogadores chegam ao fim do ano desacreditados e sem grandes perspectivas no futebol paranaense. Talvez o melhor exemplo seja o atacante Geraldo. Contratado para ser o diferencial ofensivo do Paraná -apostava-se na sua velocidade e nos dribles -, o jogador não teve um bom momento sequer com a camisa tricolor. Na terça-feira passada, teve desempenho pífio frente ao ABC e poderá nem mais ser relacionado para os quatro jogos finais desta Série B.
A diretoria, porém, evita falar na natural reformulação pela qual o time passará. Pelo menos até que o Paraná atinja a marca dos 45 pontos, mínimo necessário, na visão de Toninho Cecílio, para garantir permanência na Segundona. A partir desta confirmação, o clube deve trabalhar mais diretamente na formatação do grupo para a disputa do Campeonato Paranaense. Cecílio já teria pedido a renovação contratual de alguns jogadores, mas dispensas serão inevitáveis. A ideia dos dirigentes é segurar ao menos uma base do atual grupo.