Geninho se defende de suposto email de Petraglia

Um e-mail divulgado pela internet e atribuído ao ex-presidente do Conselho Deliberativo Mário Celso Petraglia repercutiu ontem no CT do Caju. Na mensagem, o autor critica a maneira como o Atlético vem sendo administrado e que vai procurar angariar conselheiros para convocar uma futura assembléia geral e assim tentar afastar a atual diretoria.

No texto também é citado o técnico Geninho e os recentes contratados Roberto Karam (departamento de comunicação) e Edilson Thiele (departamento médico). Quanto ao treinador rubro-negro, são questionados os altos vencimentos pagos a ele pelo clube. Na entrevista coletiva de ontem, Geninho se manifestou sobre o assunto, como um “direito de resposta” ao ex-dirigente. Segue em trechos da entrevista.

Imprensa – Sobre os altos salários, o que Geninho tem a dizer?

Geninho – Eu sou um treinador caro. Fiz por merecer isso e hoje sou considerado um treinador de 1.ª linha. Isso que eu ganho foi conquistado e comecei aqui no Atlético com o título brasileiro para o clube. E voltei para ajudar o clube a evitar um rebaixamento que custaria uma fortuna para o Atlético. E quem colocou o time naquela situação de descenso e quem ia derrubar o Atlético era o ‘seu’ Petraglia. Então acho que fiquei barato para ele. Sou caro, mas eu me pago (…)  Eu saí a outra vez do clube porque o Petraglia achava que eu ganhava muito. E se o Petraglia voltar um dia para o Atlético, eu saio pela outra porta. O torcedor e o conselheiro é quem escolhe: ou fica com o Petraglia ou com o Geninho.

Imprensa – Se o ex-presidente tivesse procurado o Geninho ano passado, mesmo naquela situação que o Atlético estava, você não aceitaria? (Quem contratou o treinador foi Marcos Malucelli.)

Geninho – Ele nunca ia me procurar. Ele acaba sendo beneficiado pelo meu trabalho por tabela. Como foi em 2001 quando ele estava afastado devido a uma CPI. O Petraglia participou muito pouco em 2001. Quem participava era Marcus Coelho, Valmor Zimermann, Ênio Fornea, Ademir Adur. Vi o Petraglia muito pouco em 2001 por aqui. Vi ele levantando a taça em São Caetano, porque havia encerrado a CPI. Depois ele assumiu o clube e essas pessoas se afastaram. Ele achava que eu ganhava muito e fui embora. Ele nunca iria me convidar e se convidasse ele saberia qual era a resposta.

Imprensa – Como você está vendo essa situação num momento em que o Atlético está bem e liderando o campeonato?

Geninho – É uma briga política. Apenas quando falam o meu nome me dão o direito de resposta. Mas isso não influencia em nada o meu trabalho, ou o trabalho do grupo.