Geninho fica

Gisele Rech

O técnico Geninho continua firme e forte no comando do Atlético Paranaense. Pelo menos no que depender de seu desejo. O treinador esteve ontem à tarde no CT do Caju para delinear os próximos passos da equipe, que na quinta-feira estréia no Supercampeonato Paranaense, contra o Grêmio de Maringá, na Arena da Baixada.

Tranqüilo, Geninho garantiu que as especulações em torno de um possível desligamento do clube ao final da Copa Sul-Minas não passaram de boatos. “Em momento algum eu e a diretoria conversamos sobre questão de contrato. Tenho um compromisso com o Atlético até o final de junho e vou cumpri-lo”. Tanto é verdade que Geninho já está desenvolvendo um planejamento de atividades para o mês de junho, que antecede a participação do Rubro-negro na Copa dos Campeões. A preocupação de Geninho com um trabalho minucioso de pré-temporada é um reflexo da lição aprendida no primeiro semestre. Segundo o treinador, o time só está perto do ideal, técnica e fisicamente agora. “Vamos entrar a ponto de bala no estadual”, diz.

Lição

O retardamento no condicionamento geral da equipe deveu-se, segundo Geninho, a um desvio do planejamento inicial do time. “A idéia era manter uma equipe B até o terceiro jogo da Sul-Minas e nesse período condicionar os titulares para a estréia da Libertadores. Afinal, eles só haviam tido dez dias de férias”,

No entanto, o treinador se viu obrigado a mudar drasticamente o planejamento em função da derrota da equipe na estréia do regional, justamente contra o Cruzeiro. “Criou-se um pavor em torno daquele jogo que a cobrança foi imediata e tivemos que acelerar a volta dos principais jogadores”.

A partir de então, o excesso de jogos e viagens acabou provocando contusões seguidas e um fato curioso: o Atlético não conseguiu manter um mesmo time em sequer uma partida do primeiro semestre. “Quando não eram contusões, eram expulsões provocadas por falhas de condicionamento que tiravam nossos atletas de combate. Até conseguirmos colocar o trem nos trilhos, já havíamos rodado na Libertadores”.

Com a desclassificação no torneio internacional, a prioridade passou a ser o regional. “Brigamos até o fim e fomos vice de um campeonato forte, ficando na frente de Grêmio, Atlético Mineiro e Coritiba”.

Terminado o regional, o objetivo passou a ser levar a taça do estadual, que Geninho considera uma competição muito importante para a torcida. “A rivalidade estadual é muito maior que a regional e independente da curta duração, o estadual vai pegar fogo”.

Só a seleção desfalca

O elenco atleticano não teve muito tempo para lamentações. Ontem à tarde o grupo já voltou a trabalhar e hoje à tarde participa do primeiro trabalho com bola da semana. A pressa do técnico Geninho está diretamente ligada à estréia no Supercampeonato, na quinta-feira, diante do Grêmio de Maringá.

Com a realização da partida no meio de semana, a palavra de ordem no Rubro-Negro é trabalho. “Temos que dar uma boa largada no estadual e não deixar a peteca cair.” Como parte do trabalho, o treinador está ressaltando a importância da competição entre os atletas. “Não podemos deixar os astral cair. Vamos entrar no estadual em busca do título”, promete o técnico.

Para o compromisso contra o Galo, a equipe deve contar com praticamente todo o elenco. Os desfalques ficam por conta do meia Kléberson, que se prepara para a Copa do Mundo; do atacante Dagoberto, que defende a seleção brasileira sub-20 em Toulon, e de Adauto, que se recondiciona fisicamente após a recuperação de uma cirurgia de apêndice. “Não vai ter descanso para ninguém. Vamos pôr em campo o que temos de melhor”, avisa o treinador.

O único jogador que esteve no departamento médico ontem à tarde foi Alex Mineiro, que se queixava de dores musculares. No entanto, a tendência é que ele já participe da movimentação de hoje, no CT do Caju. (GR)

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