Furacão prepara reforços pedidos pelo ex-técnico

A curta passagem de Jorginho pelo Atlético foi marcada por uma tentativa de reformulação do elenco. O técnico saiu, mas deixou uma herança. Somente após a sua chegada, nada menos que 12 jogadores foram contratados, dos quais, sete indicados por ele. O surpreendente é que a diretoria não deu tempo ao treinador de montar o time que idealizou.

Já nas suas primeiras entrevistas, Jorginho deixou claro que considerava o time atleticano muito jovem. Por isso, pediu à diretoria que trouxesse atletas mais “rodados” e com experiência na disputa da Série B, no que foi atendido pelo clube. A seu pedido, vieram os laterais Maranhão e Wellington Saci, o zagueiro Renato Chaves, os meio-campistas Felipe, Derley, e Henrique e o atacante Marcão. Completam o pacotão de reforços João Paulo, Pedro Botelho, Elias e Jorge Santos.

As quatro últimas contratações foram confirmadas dois dias antes do jogo que determinaria a queda do técnico. Henrique, Felipe, Elias e Marcão foram apresentados na quinta-feira, indicando que o treinador ainda tinha o apoio da diretoria.

A estratégia, no entanto, não surtiu o efeito esperado, deixando no ar se o problema do Atlético era o técnico ou a qualidade dos jogadores. Dúvida que o vice de futebol, João Alfredo Costa Filho, não soube esclarecer, no sábado. “Fica difícil fazer um prognóstico, se é o técnico ou o elenco. Aos poucos, as coisas vão se encaixando e darão certo em um futuro breve”, disse, logo após anunciar a saída do treinador.

Torcida

Após dar uma trégua no primeiro tempo, a torcida não se aguentou , logo após o gol do São Caetano, aos 23 minutos do segundo tempo. Neste momento surgiram as primeiras vaias e gritos como “timinho”. À medida que a partida se encaminhava para o fim, o descontentamento aumentava e explodiu, após o apito final. Na costumeira saída em grupo do gramado, os jogadores foram vaiados intensamente e tiveram que ouvir os gritos de “vergonha, vergonha” e “timinho sem vergonha”.