Furacão não consegue furar o ferrolho gremista

A torcida compareceu e empurrou o Atlético durante toda a partida. Mas, na Arena, o Rubro-Negro não conseguiu dar sequência às belas apresentações feitas em São Paulo e terminou outra rodada sob as vaias de seu torcedor.

Com o empate sem gols, o Atlético perdeu a grande oportunidade de se afastar ainda mais daquelas equipes que brigam para fugir do descenso. Permanece na 14.ª posição, mas tem um difícil compromisso no sábado contra o Inter, no Beira-Rio.

Quanto ao rendimento da equipe na noite de ontem, os jogadores foram unânimes em apontar o empate como o resultado mais justo. “Nossa equipe esperou demais. Jogou melhor o 2.º tempo, mas o Grêmio predominou no 1.º. Foi justo pelo que foi apresentado pelas duas equipes”, falou o volante Rafael Miranda.

Jogo

Marcação. Os 46 minutos da etapa inicial se resumiram a essa palavra. O Atlético entrou em campo com o objetivo de anular a saída do Grêmio e impedir que a bola chegasse aos atacantes Jonas e Maxi Lopes.

Essa parte, o grupo realizou com perfeição, tanto que o primeiro e único arremate do Tricolor aconteceu somente aos 40 com Fábio Rockemback. Entretanto, com esse planejamento de esperar o Grêmio vir para cima, roubar a bola e sair no contra-ataque, o Atlético também não jogou. Isso porque o time gaúcho soube como neutralizar a velocidade do Furacão.

“Logo que perdem a bola, eles fazem a falta”, explicou Marcinho sobre o motivo do Rubro-Negro não ter encaixado nenhuma jogada. A prova da marcação gremista refletiu na finalização atleticana. Apenas uma bola foi ao gol de Marcelo Grohe, numa boa cobrança de falta de Paulo Baier aos 15.

Assim a partida teve poucos lances de emoção. Ela foi disputada no meio-campo. O Tricolor com mais posse de bola, tocando para o lado sem maior objetividade. O Atlético sem impor a velocidade, abusava dos chutões da zaga para frente.

Mudanças

Para mudar esse panorama de muita pegada e pouca técnica, somente com as instruções dos técnicos no intervalo. E Lopes deu o primeiro passo ao lançar o experiente Alex Mineiro, que defendeu o time gaúcho no primeiro semestre.

Mas foi o Grêmio quem levou perigo, com duas boas oportunidades criadas aos 5 com Tcheco e no minuto seguinte com Rever. A partir daí, a partida mudou com as equipes se atirando ao ataque.

E assim foi surgindo espaços nos sistemas defensivos. A resposta atleticana aconteceu aos 25 e 41 com Alex Mineiro. O jogo permaneceu igual e terminou da mesma maneira que iniciou: sem gols.