O Atlético não fez uma grande partida e desperdiçou a chance de sair vitorioso diante de um desfigurado Botafogo e de dar adeus ao sofrimento que vive para se manter na elite do futebol nacional. O empate em 2 a 2 obtido ontem à noite no Engenhão, no Rio de Janeiro, não pode ser considerado um mau resultado, já que a equipe conseguiu somar mais um ponto, como visitante. Agora o Furacão torce para que o Fluminense não vença o Internacional, hoje, no Beira-Rio, para permanecer na 14.ª posição da tabela.
O próximo desafio atleticano também será fora de casa, contra o desesperado Náutico, em Recife.
Jogo
Atuar no Engenhão não intimidou o Rubro-Negro, que tomou a iniciativa da partida. Logo aos 3 minutos, Ferreira lançou Júlio César que desperdiçou ótima chance ao tentar driblar Renan. Depois o time paranaense continuou com mais posse de bola, já que o Botafogo pecava pelo excesso de erros de passe e sentia a falta de cinco titulares. Esse panorama predominou até os 21 minutos quando o sistema defensivo rubro-negro errou ao espanar uma bola e, para corrigir, cometeu falta frontal. Lúcio Flávio bateu com precisão e abriu o placar 1 a 0. O Atlético sentiu o gol e voltou a cometer os mesmos erros de jogos passados com bolas levantadas em demasia na direção de Rafael Moura. E isso não surtiu nenhum resultado.
O Botafogo se fechou e tentou encaixar contra-ataques, o que não aconteceu até os 40 minutos. Porém, nos cinco finais, o time carioca pressionou e só não ampliou graças a duas defesas milagrosas de Galatto. Primeiro num arremate de Eduardo, cara a cara. Depois numa cabeçada frontal de Zárate. Na saída para o intervalo, Geninho irritado com a apresentação dos seus comandados emendou: “O time não está jogando nada. Tem que mexer”.
E para a etapa final, o Atlético voltou com duas alterações – Pedro Oldoni substituiu Júlio César e Alberto entrou no lugar de Zé Antônio. E a chance clara de empate apareceu logo aos 3 minutos. Após falha de Renan, a bola sobrou para Pedro Oldoni que, sem goleiro, perdeu o gol.
O Atlético continuou em cima e aos 15, num bonito chute de Alan Bahia, empatou. Mas não deu tempo para comemorar. Quatro minutos depois, a defesa bobeou novamente e deixou Zárate sozinho assinalar de cabeça e fazer 2 a 1.
O Atlético continuava com mais posse de bola e explorando as jogadas pela lateral direita com Alberto, que entrou muito bem no jogo. E mais uma vez a cobrança de bola parada salvou o Furacão. Alberto cobrou escanteio e Antônio Carlos empatou de cabeça. O jogo permaneceu lá e cá até o apito final e o empate foi o resultado mais justo pelo que foi apresentado no Engenhão.
36ª rodada do Campeonato Brasileiro
Botafogo 2 x 2 Atlético PR
Local: Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro
Botafogo: Renan; Alessandro, Emerson, Edson e Triguinho; Leandro Guerreiro (Rodrigo Sá aos 16° do 2º), Túlio Souza (Zé Carlos aos 35° do 2º), Eduardo (Fábio aos 25° do 2º) e Lucio Flavio; Lucas Silva e Zárate.
Técnico: Ney Franco
Atlético: Galatto; Rhodolfo, Antônio Carlos e Chico; Zé Antônio (Alberto no intervalo), Valencia, Alan Bahia, Ferreira e Netinho; Júlio César (Pedro Oldoni no intervalo) e Rafael Moura.
Técnico: Geninho
Árbitro: Antônio Hora Filho (SE)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Ivaney Alves de Lima (SE)
Gols: Lúcio Flavio (B) aos 22° do 1º ; Alan Bahia (A) aos 15° ; Zárate (B) aos 19° ; Antônio Carlos aos 28° do 2º
Cartões amarelos: Rhodolfo (A), Emerson (B)