Furacão em busca do tetra

O Atlético entra em campo hoje para tentar manter a hegemonia no campeonato paranaense e apagar a má imagem deixada no brasileiro do ano passado. Para tanto, o clube vai em busca do inédito título de tetracampeão estadual apostando em pratas-da-casa em um técnico emergente no cenário nacional. A estréia na competição será diante do União Bandeirante, às 16 horas, na Arena.

Após a ressaca de 2002, quando o time só ganhou o certame estadual e fracassou nas outras competições, a direção rubro-negra resolveu fazer uma reformulação geral e aproveitar mais as categorias de base. Do time campeão brasileiro em 2001, apenas quatro jogadores estarão presentes na abertura oficial da temporada. A nova política administrativa resolveu enxugar a folha de pagamento, montar uma equipe boa e barata e concentrar esforços para a finalização da Arena.

Dentro desse pensamento, saíram o goleiro Flávio (Vasco), os zagueiros Gustavo (Palmeiras) e Nem (Atlético/MG), o lateral-esquerdo Fabiano (São Paulo), o meia Kléberson (ainda sem destino certo) e os atacantes Kléber e Alex Mineiro (ambos no Tigres, do México). De novidades, apenas os jogadores promovidos dos juniores e aqueles que retornaram de empréstimos. Outros atletas ainda podem deixar o CT do Caju. O volante Cocito tem proposta do Palmeiras e o lateral-direito Alessandro está sendo sondado pelo Fluminense.

Com toda essa reformulação, o estadual deste ano será um verdadeiro laboratório para a comissão técnica e a diretoria ver quem pode ficar para a disputa do brasileiro, desta vez com oito meses de duração. “Eu estou otimista quanto à campanha do Atlético na competição. Muito trabalho ainda precisa ser desenvolvido. Porém, para um início de temporada, o grupo está bem fisicamente e tecnicamente”, apontou o técnico Heriberto da Cunha.

Para esta partida de abertura da competição, o treinador manteve a mesma formação que vinha atuando nos jogos-treino e coletivos. A principal dúvida era em relação ao meia que iria atuar ao lado de Adriano. Entre Rodrigo, Fabrício e William, Heriberto optou pelo primeiro nome. O restante do time, o Atlético vai com o que tem de melhor.

Heriberto faz sua estréia oficial no Rubro-Negro

O técnico Heriberto da Cunha estréia oficialmente hoje à frente do Atlético e espera dar a largada para a retomada de conquistas do clube. Há menos de um mês trabalhando no CT do Caju, o treinador já sentiu as dificuldades de dirigir uma equipe do tamanho do Rubro-Negro e confia em seu trabalho para superar as dificuldades. Em entrevista à Tribuna, Heriberto alerta para a necessidade de contratação de reforços para compor o grupo ideal para a disputa do campeonato paranaense, copa do Brasil e brasileirão 2003.

Paraná-online

– Há uma diferença muito grande entre o que te prometeram e aquilo que você encontrou aqui?

Heriberto

– Não. O que me prometeram eu já sabia. Uma equipe como a do Atlético, que foi campeã brasileira, encontra uma concorrência e há vontade dos atletas de saírem e, eu disse para alguns jogadores, que isso pode se tornar uma grande ilusão. Às vezes, você sai de um Atlético, que tem toda uma estrutura, para jogar num outro clube e, na verdade, você está saindo de um lugar bom e indo para um lugar pior. Há a necessidade de renovação, mas há a necessidade também de você correr atrás de grandes jogadores.

Paraná-online

– Com os jogadores que você tem na mão dá para ir até aonde?

Heriberto

– No futebol brasileiro você acaba sendo surpreendido pelo próprio atleta. São jogadores jovens, mas que, de uma hora para outra, podem se tornar grandes atletas e o Atlético formar uma grande equipe. Com o decorrer dos jogos vai dar para você fazer uma avaliação melhor e analisar todos, para ver quem realmente tem condições de vestir a camisa do clube e condições de evoluir dentro do clube.

Paraná-online

– Quais as posições que você gostaria de contar agora?

Heriberto

– Veja bem, nós temos no gol o Cléber e o Tiago, que são grandes goleiros, mas jovens. Há a necessidade de um goleiro experiente, saiu o Gustavo e na zaga também precisamos de um zagueiro mais experiente. No ataque, só temos o Ilan, o Jadílson e o Selmir. Existe a necessidade de você ter um grupo de 25 jogadores, mas 25 jogadores qualificados e com uma certa experiência dentro do futebol.

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