Fredson em desvantagem na briga com o Paraná Clube

Caso Fredson ganhou novo episódio. O Paraná Clube obteve vitória na Justiça do Trabalho na sentença do juiz Aparecido Sérgio Bistafa, da 12.ª Vara Federal do Trabalho. O litígio teve início no dia 18 de março, quando o contrato do atleta se encerrou. De lá para cá, o quadro já sofreu reviravoltas – com um “empate técnico”, pois cada lado obteve uma liminar – e Fredson já jogou por outro clube em maio. O despacho já está sendo encaminhado à Federação Paranaense de Futebol e à Confederação Brasileira de Futebol, mas a tendência é que a discussão termine na FIFA.

O meia já assinou contrato com o Espanyol, de Barcelona, e deveria se apresentar ao novo clube na próxima semana. A vitória na 12.ª Vara do Trabalho foi parcial. O juiz Bistafa indeferiu pedido do clube na questão dos direitos federativos do atleta, entendendo que Fredson tem direito de liberdade na escolha do clube que pretende defender. Porém, reconhece que o Paraná tem direito à indenização pela desvinculação do atleta e a conseqüente transferência para outra agremiação. A decisão foi sustentada no fato de Fredson ter assinado contrato de trabalho sob o regime da legislação anterior.

Diz, em suas considerações, o juiz Bistafa, que Fredson tem todo o direito de prestar serviços à outro clube. Mas, o Paraná Clube deve ser indenizado pelo valor do passe, nos moldes do regime previsto na Lei 6.354/76. Explica, ainda, que as disposições normativas da Lei Pelé, só tem lugar quando afastado o regime antigo no que tange à questão do passe. Cita também que durante as tentativas de solução do caso pela via da conciliação, o próprio jogador informou já ter acertado pré-contrato com o clube catalão (Espanyol).

A sentença da 12ª Vara do Trabalho invalida a liminar anteriormente concedida a Fredson, que lhe garantiu o direito de atuar pelo Pelotas no supercampeonato gaúcho -na oportunidade, a FPF liberou a documentação do jogador com ressalva, informando a existência de um litígio na Justiça do Trabalho – e, na seqüência obter transferência para o clube espanhol. O passe do jogador – assim que ele recusou proposta para a renovação contratual – foi fixado na Federação Paranaense de Futebol em R$ 5 milhões. O caso deve, a partir de agora, ter novos desdobramentos, com a defesa do atleta recorrendo desta decisão à instância superior. Fredson, pode, porém, ficar impedido de jogar antes que o caso tenha uma solução definitiva.

Lúcio Flávio não tem rumo certo

O meia Lúcio Flávio ainda tem situação indefinida. O procurador do atleta – o ex-volante e seu tio, Ney Santos -esteve reunido ontem à tarde com os dirigentes do clube, buscando equacionar alguns pontos para eventuais transações. O jogador retorna aos treinos na Vila Capanema a partir de segunda-feira, mas sua permanência para o Brasileirão é praticamente impossível. Mesmo com um contrato em vigor – até 2004 – o padrão salarial de Lúcio está muito acima do que o clube poderia arcar.

“A solução mais fácil para os dois lados é encontrar uma transação viável”, comentou Ney Santos. Até o momento, três clubes – Atlético Mineiro, um paulista e outro carioca (cujos nomes não foram revelados) – manifestaram interesse pelo jogador. “Mas, quando o negócio era bom para o jogador, não era para o clube e vice-versa”, disse Ney. “Estamos buscando um equilíbrio, que venha a ser rentável para o Lúcio e interessante para o clube, que busca recursos ou reforços”. Ney disse que até o momento não recebeu nenhuma proposta oficial do exterior. (IC)

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