Francisco Beltrão faz parceria com time gaúcho para disputar Divisão de Acesso

O Francisco Beltrão já definiu o tom que irá usar na Divisão de Acesso, à 2.ª Divisão do Campeonato Estadual. A administração do clube continuará sendo paranaense, mas o futebol e preparação física serão gaúchos. A equipe do sudoeste do Estado fechou uma parceria com o Estrela Real Futebol Clube, clube amador de Viamão, cidade próxima a Porto Alegre. O Estrela Real é um centro de formação de atletas.

Da parceria firmada o Chico Beltrão já recebeu da terra gaúcha o técnico Valdir Lemos e o preparador físico Dieckson dos Santos. Segundo Natalino de Souza, supervisor do Francisco Beltrão ?o período é para avaliação dos jogadores?. ?Estamos na fase de observações dos atletas trazidos do Rio Grande do Sul, assim como de outros jogadores vindos de outros clubes aqui do Estado (Paraná), disse o supervisor que considera o período como de ?montagem do quebra-cabeça? para achar o melhor do time na estréia do Acesso, em casa, dia 20 de abril, contra o Foz do Iguaçu.

No momento o Francisco Beltrão teria um pacote de 28 jogadores, sendo que seis são remanescentes da última temporada – Neto, Cuia, Erickson, João Roberto, Werner e Negão. Além deles a equipe do sudoeste recebeu o goleiro Gustavo, que disputou a 1.ª Divisão pelo Cascavel, e ainda aguarda mais dois arqueiros Douglas e Léo, que ainda disputam outros regionais.

Sobre o empréstimo de atletas do Real Brasil, time do empresário e presidente Aurélio Almeida, que enfrenta vários problemas em Curitiba, o supervisor do Francisco Beltrão disse que ?existe a intenção de ajudar o clube?. ?Soubemos que os jogadores estariam com dificuldades no local onde estavam hospedados. Vamos avaliar também os atletas que podem ser aproveitados aqui?, disse Natalino de Souza.

Sonho de consumo

Enquanto busca acertar o time, o Chico Beltrão seca dois adversários. O Toledo, que tem o volante Tião, e o atacante Baby, vice-artilheiro do time em 2007 emprestado ao Atlético de Ibirama-SC. Os dois interessam ao time do sudoeste.

Desmanche do Real em curso

Entre os jogadores do ?Apocalipse, 4:11, digno és…?, inscrição bíblica que o time do Real Brasil utilizou em sua camisa durante o Paranaense deste ano, que farão uma ?peneirada? no Chico Beltrão estariam o zagueiro André; o lateral-direito Ânderson Bonfim; os meias Michel e Jair; os volantes Rafael Cachimba e Márcio; e ainda os atacantes Anderson Couto e Pio.

Na operação ?desmanche? do time do empresário Aurélio Almeida, o polivalente Tiago Ferreira – lateral esquerdo, zagueiro e volante, foi emprestado para o Joinville-SC. Enquanto isso os meias Danilo e Edemilson, e o atacante Elias tomaram o caminho do noroeste do Estado, e podem disputar a Copa do Brasil pelo Paranavaí. Outros dois jogadores do Real Brasil, o atacante Maurinho, e o volante Felipe, voltaram para as categorias de base do Paraná Clube.

Acerto pra hoje? Acredite se quiser

A dívida do Real Brasil com o Aymoré Hotel, de R$ 90 mil deverá ?ganhar? uma solução definitiva hoje. Pelo menos é o que espera a proprietária do hotel, que teria um novo encontro com os representantes do clube. O clube de Aurélio Almeida fez um contrato de quatro meses -janeiro a abril – para a locação dos 27 dos 29 apartamentos do hotel. Em alguns momentos o local teve locação quase completa, com até 54 pessoas ligadas ao Real Brasil entre comissão técnica, jogadores do profissional e integrantes do projeto ?Projeto Profissional do Futuro?, que envolve jovens atletas de vários lugares do País na prática e do futebol. Porém, segundo Maria Helena Batista, ?nenhum dos meses até o momento foram pagos?. A dona do Aymoré apresenta inclusive várias notas e recibos que mostram a dívida do Real.

Esta será a terceira tentativa ?oficial? – na última semana -para o recebimento da dívida, ou parte dela. Na primeira Aurélio Almeida viajaria para o México, onde tem negócios, para trazer ?o dinheiro para o pagamento?. Na segunda vez chegou-se inclusive a uma conversa envolvendo advogados das duas partes. Alexandre Chemin, advogado do Real Brasil disse que o cartola ?daria uma Mercedes? -avaliada entre R$ 20 a 30 mil -para o pagamento de parte da dívida. Na nova reunião, realizada num cartório da cidade, nada aconteceu. Só quatro horas de conversa e a marcação de um novo encontro programado para hoje.

Enquanto isso outros credores do Real Brasil aguardam pacientemente, e em silêncio, o desdobramento da pendenga com o Aymoré para tomarem suas providências. Os pais dos atletas do projeto já tomaram as suas: começaram a sustar os cheques do pagamento das mensalidades para treinar no clube.

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