França e Itália jogam em Zurique, mas com a cabeça em Berna

França e Itália repetem nesta terça-feira (17) a final da Copa do Mundo de 2006, a partir das 15h45 (de Brasília). Mas desta vez o que está em jogo não é o título, e sim evitar o vexame de ser desclassificado da Eurocopa na primeira rodada. O problema é que as duas equipes já não dependem de si para ficar com o segundo lugar do Grupo C – é preciso vencer o clássico, em Zurique, e torcer para que, em Berna, a Holanda não seja derrotada pela Romênia, resultado que classificaria a seleção do Leste Europeu e mandaria italianos e franceses de mãos dadas de volta para casa.

Na Suíça, as especulações de um acordo entre romenos e holandeses crescem a cada hora. E o clima esquentou depois que o técnico do Arsenal, o francês Arsène Wenger, que comanda o meia-atacante Van Persie, dizer que entregaria o jogo se fosse o técnico da Holanda. O técnico da Itália, Roberto Donadoni, não acha que haverá uma armação, mas seu adversário é bem mais cético. "Nosso jogo contra a Itália não é decisivo, e sim o outro jogo", disse o francês Raymond Domenech.

O fato é que italianos e franceses estão em situações complicadas por causa de seus próprios resultados. Os dois times foram massacrados pelos holandeses e não passaram de empates com a Romênia. "Temos de entrar em campo e jogar a partida de nossas vidas", afirmou o goleiro italiano Buffon, que evitou na semana passada a eliminação de sua seleção defendendo um pênalti contra a Romênia. "Temos uma pequena vantagem sobre a França", disse.

Dentro de campo, as duas seleções devem ter mudanças. Na Itália, Donadoni deve mandar Del Piero de volta para o banco e apostar no irregular e temperamental Cassano para formar a dupla de ataque com Luca Toni, caindo mais pela direita. "Cassano lembra meu estilo de jogo, embora seja mais incisivo no ataque", disse Donadoni, titular da Azzurra nas Copas de 1990 e 1994. Para tornar o time mais ofensivo, Di Natale deve tomar o lugar do meia Camoranesi.

Na França, Domenech sofre com a má forma física de vários veteranos, como o lateral Sagnol e o zagueiro Thuram, e admitiu que vai conversar com os 23 jogadores para saber quem se sente mais disposto. A novidade deve ser no ataque, com a presença da dupla pedida pela torcida, com o veterano Henry e o jovem Benzema, que ainda não atuaram juntos na Eurocopa.

Ficha técnica

Itália – Buffon; Zambrotta, Panucci, Chiellini e Grosso; Gattuso, Pirlo, De Rossi e Di Natale; Cassano e Toni. Técnico: Roberto Donadoni.

França – Coupet; Sagnol (Clerc), Gallas, Thuram e Evra; Makelele, Toulalan, Ribéry e Govou; Henry e Benzema. Técnico: Raymond Domenech.

Árbitro – Lubos Michel (SVQ).

Horário – 15h45 (de Brasília).

Local – Estádio Letzigrund, em Zurique (SUI).

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