As Forças Armadas iniciaram à 0 hora deste domingo o policiamento em áreas do Rio de Janeiro. Ao todo, 22.015 oficiais e praças vão atuar na capital fluminense até o fim da Paralimpíada, em 18 de setembro. Os militares terão poder de polícia e poderão prender qualquer pessoa que esteja praticando crime ou tenha contra si uma ordem de prisão pendente.

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Embora possam atuar em qualquer ponto da cidade, os agentes ficarão concentrados nos quatro polos olímpicos (Barra da Tijuca e Deodoro, na zona oeste, Copacabana, na zona sul, e Maracanã, na zona norte), em vias expressas, estações de trem, na orla (de Copacabana até a Barra da Tijuca), na usina nuclear de Angra dos Reis (sul fluminense) e na refinaria de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), entre outros trechos. Neste domingo, a reportagem constatou diversos pontos de bloqueio em vias como a Linha Amarela, a avenida Brasil, a Transolímpica e a orla de Copacabana.

Inicialmente seriam mobilizados cerca de 18 mil militares, mas em 15 de junho o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP), pediu ao presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), um reforço na segurança do Estado. O contingente foi então ampliado para 22 mil agentes, sendo que 5.847 ficarão em Copacabana, 4.713 em Deodoro, 2.169 na região do Maracanã e 2.002 na Barra da Tijuca.

Os demais serão distribuídos pela cidade e haverá ainda um grupo extra de aproximadamente 3.000 militares que permanecerá de sobreaviso para o caso de alguma emergência. Os militares vão dispor de 60 navios ou embarcações menores, 1.169 viaturas, 70 blindados, 34 helicópteros e 174 motocicletas.

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, elogiou o esquema de segurança. Ele concedeu entrevista coletiva neste domingo, na sede do Comando Militar do Leste, no Rio, e afirmou que a princípio os militares não vão ingressar em áreas onde há conflitos mais frequentes, como as favelas, porque a PM tem maior conhecimento dessas regiões.

Além dos militares, também participam do esquema de segurança da Olimpíada as polícias Civil, Militar e Federal e a Força Nacional de Segurança. Em todo o Brasil (já que haverá jogos de futebol em cinco cidades além do Rio, e também foi preciso reforçar o policiamento em fronteiras), o esquema de segurança para a Olimpíada mobiliza 88 mil pessoas, segundo os militares.

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