A levantadora Fofão teve uma despedida da seleção brasileira a altura da sua história pela equipe. Em seu jogo de número 340 pelo Brasil, a jogadora conduziu o time ao título do Torneio Final Four, com a vitória por 3 a 0 sobre a República Dominicana (parciais de 25/21, 25/17 e 25/18), e disse adeus aplaudida de pé pelos milhares de torcedores que gritavam seu nome no ginásio Paulo Serasate, em Fortaleza.
Logo após o último ponto, no qual levantou de manchete uma bola para Sheilla cravar na quadra dominicana, Fofão foi jogada ao alto pelas companheiras, que ensaiaram um tímido pedido de “fica”, rejeitado pela jogadora, que passou 17 de seus 38 anos na seleção e se despede com o ouro olímpico conquistado em Pequim, mais duas medalhas de bronze, nos Jogos de Atlanta/1996 e Sydney/2000, além de seis dos sete títulos de Grand Prix que o Brasil conquistou.
“Agradeço a Deus por ter me dado a chance de defender o Brasil e chegar neste momento. Comecei a jogar sem pretensão alguma, e no meu segundo ano fui convocada para a seleção. De repente, participei de cinco Olimpíadas. Hoje olho para trás e vejo que tudo valeu a pena, e que nenhum momento foi tempo perdido”, afirmou a jogadora, feliz por poder dizer adeus atuando no Brasil.
Quem também se despediu da seleção brasileira foi a meio-de-rede Walewska, que após o ouro em Pequim havia falado em pedir “um tempo”, e neste domingo anunciou que está definitivamente fora da equipe. Por outro lado, o técnico José Roberto Guimarães pode comemorar a permanência da levantadora Carol Albuquerque, que também pensava em deixar o time nacional para se dedicar ao filho Matheus, de quatro anos.