Flamengo serve de alerta para cartolas

Sinal de alerta ligado no reino da cartolagem. A decisão do Conselho do Flamengo de afastar do cargo o presidente Edmundo Santos Silva, procedimento inédito na história do clube carioca, abriu um precedente que deve deixar a ?categoria? preocupada. O desmando, a irresponsabilidade e a incompetência na administração do futebol brasileiro chegaram a níveis alarmantes e provocaram um fenômeno curioso. Começam a surgir reações dentro dos próprios clubes, até então considerados antros de impunidade.

Somada à Lei de Responsabilidade Esportiva assinada pelo presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que visa moralizar a gestão dos clubes, a reação vai obrigar boa parte dos cartolas a conviver com um autêntico pesadelo: contas em ordem, balanços transparentes e públicos e administração aberta a empresas de auditoria independentes.

Em outras palavras, a existência daquele dirigente que se considera dono do clube, figura típica no Brasil, nunca esteve tão ameaçada. Tudo porque a vigilância externa da administração, já há algum tempo intensificada por Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e ações do governo, passa a contar também com a pressão interna dos clubes.

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