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Fifa espera receber evidências de casos de doping na Rússia na próxima semana

A Fifa revelou nesta sexta-feira que espera receber novas provas na próxima semana do banco de dados de um laboratório de Moscou sobre casos de doping no futebol russo. Em um comunicado oficial, a entidade explicou que a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) convocou uma reunião para quinta-feira “para informar diversas federações internacionais sobre novas informações”.

Jogadores da seleção russa que disputou a Copa do Mundo de 2014 estão entre os 34 potenciais casos de doping no futebol decorrentes de uma investigação de Richard McLaren, que detalhou uma conspiração de doping no esporte da Rússia.

A Wada anunciou no último mês que teve acesso a esse banco de dados, que, segundo a Fifa, inclui “todos os dados de teste entre janeiro de 2012 e agosto de 2015”. Isso poderia revelar detalhes de milhares de amostras destruídas do laboratório em dezembro de 2014, depois que o esquema de doping russo foi relatado no programa de uma TV alemã.

Em depoimento para uma investigação do Comitê Olímpico Internacional, O ex-diretor de laboratório de Moscou e dos Jogos de Sochi, Grigory Rodchenkov, disse que ele supervisionou a destruição de cerca de 8 mil controles de doping em 13 e 14 de dezembro “que eram amostras contaminadas para escapar da Wada”.

No entanto, a investigação conseguiu recuperar cerca de 3 mil amostras de

Moscou e 154 eram de jogadores de futebol, disse a Fifa na sexta-feira. Novos testes dessas amostras em um laboratório de Lausanne não revelaram resultados positivos. “No entanto, as investigações permanecem abertas, pois novas evidências ainda podem surgir”, disse a Fifa.

Com base em evidências forenses, incluindo marcas que poderiam provar que as garrafas das amostras foram abertas e a urina contaminada com esteroides acabaram sendo trocadas, o COI até agora desqualificou 25 atletas russos da Olimpíada de Sochi de 2014. Eles também foram banidos dos Jogos por toda a vida. A Fifa disse que a Wada definiu que em meados de janeiro começará essa análise das amostras dos outros esportes.

“A Fifa continuará trabalhando em estreita colaboração com a Wada e explorará todas as vias possíveis. Se houver evidência suficiente para demonstrar uma violação de regras antidoping por qualquer atleta, a Fifa vai impor a sanção adequada”, afirmou.

Embora não seja um atleta, o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo da Rússia, o vice-primeiro-ministro Vitaly Mutko, está profundamente no esquema de doping e seu encobrimento nos Jogos de Sochi. O COI baniu Mutko por toda a vida dos Jogos Olímpicos, embora a Fifa tenha declarado que isso não terá impacto na Copa do Mundo de 2018.

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