Fifa aconselha árbitros a trabalharem em grupo

Empenho. Foi o que o presidente da comissão de arbitragem da Federação Paranaense de Futebol, Fernando Homann, cobrou dos árbitros paranaenses que estiveram presentes à teleconferência do instrutor da Fifa Carlos Alarcon, ontem à tarde, no auditório da Embratel. “Temos plenas condições de tornar a arbitragem paranaense uma referência do Brasil”, diz.

Por isso mesmo, Homann ficou satisfeito com a presença do quadro de arbitragem paranaense no evento de ontem, que serviu para esclarecer e cobrar alguns aspectos do trabalho no apito. “É bom que haja a cobrança para termos mais confiança na hora de trabalhar”, disse o árbitro Evandro Rogério Roman, satisfeito com a iniciativa do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Armando Marques. “O ábitro tem que ter confiança no próprio trabalho.”

Alarcon dividiu a palestra em algumas regras que geram polêmicas. Mas o principal ponto foi a necessidade de interação entre árbitro, assistentes e quarto árbitro. “O árbitro não é supremo. Ele deve e precisa ouvir seus companheiros”, disse. A cobrança de atenção recai também sobre o quarto árbitro, que não deve sentir-se desprestigiado com sua função. “Ele pode decidir um lance de expulsão, por exemplo. Por isso, ele tem que estar atento a todas ações do árbitro”. Alarcon lembrou de uma partida em que o árbitro havia dado o segundo cartão amarelo a um atleta e não o expulsou. Quem alertou o árbitro foi o quarto árbitro, que hoje pode se dirigir diretamente ao árbitro principal durante a partida.

Regras

Na cobrança de penalidade, que deve ficar bem atento é o auxiliar. É dever dele apontar o momento em que a bola cruza a risca e, antes disso, denunciar uma possível movimentação excessiva do goleiro. “Ele não pode avançar mais que um passo”, disse o instrutor. No aspecto disciplinar, o rigor na punição do carrinho foi cobrada, como forma de valorizar os jogadores habilidosos e o futebol arte. O mesmo rigor deve ser observado em jogadas de puxões e empurrões. “Se impedir o gol, tem que ser expulso. Não importa se a intenção não era atingir o atleta”, diz. No caso de simulação, Alarcon pede que os árbitros estejam próximos ao lance, pois a situação requer cuidado. “O jogador só deve ser advertido se a simulação for escancarada. Caso contrário, é melhor não marcar.”

Outro comportamento dos jogadores que requer atenção é a comemoração. Após permitir que os atletas comemorassem os gols tirando as camisas, a Fifa voltou atrás e voltou a proibir. No entanto, a orientação que é dada aos árbitros é não dar o cartão amarelo. “Não tem como castigar um atleta que marcou um gol. mas seria interessante que as entidades organizadoras dos enventos esportivos aplicassem multas”, disse Alarcon.

Ficou faltando uma exposição sobre o comportamento disciplinar do árbitro. Recentemente, o paranaense Héber Roberto Lopes foi suspenso por ter se dirigido de forma ríspida ao meia Marcelinho Carioca. “Nem tudo precisa ser dito. Aprendemos muito observando. O Héber serviu de exemplo”, comentou o árbitro Marcus Mafra, que teve sangue frio em uma partida entre Avaí e América-MG. na ocasião, ele foi agredido pelo goleiro Fabiano. “Não entrei na provocação”, diz. O goleiro acabou pegando seis meses de suspensão.

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