Hockenheim – A Ferrari anunciou ontem, pela voz de Michael Schumacher, que já está em curso o projeto “Barrichello Vice”. Definido o Mundial de Pilotos no último domingo, em Magny-Cours, o brasileiro passará a ter mais atenção da equipe para tentar a segunda colocação no campeonato. Faltam ainda seis corridas para o fim da temporada e Rubens ocupa a terceira posição na classificação, com 32 pontos. O vice é Juan Pablo Montoya, da Williams, com 34.
A partir deste fim de semana, em Hockenheim, Barrichello terá o carro reserva da equipe em todos os GPs. “Discutimos isso com a equipe e nossa primeira decisão foi passar o carro reserva a ele. Quanto a situações de pista, o que acontece na corrida, creio que já falamos bastante disso depois do GP da Áustria”, disse o alemão, antecipando novas marmeladas ferraristas. Trocas de posição entre os dois pilotos, favorecendo Barrichello, poderão acontecer com freqüência.
O brasileiro foi o último piloto a chegar ao circuito alemão, onde ganhou sua primeira corrida na F-1, em 2000. O avião que o traria do Faro, sul de Portugal, teve um problema técnico e por isso ele só apareceu em Hockenheim no final da tarde. Por conta do atraso, não pôde participar da entrevista coletiva obrigatória para a qual estava escalado, mas não foi multado pela FIA.
O GP da Alemanha, cujos treinos começam às 6h de hoje, pode ser um dos mais interessantes do ano. Isso porque o traçado de Hockenheim foi radicalmente modificado. Perdeu suas características de altíssima velocidade e teve sua extensão reduzida de 6.825 m para 4.574 m. Teoricamente, o novo circuito oferece boas chances de ultrapassagens. E é novidade para todo mundo, o que significa que alguns pilotos e algumas equipes podem se adaptar melhor que outros, mudando um pouco a relação de forças da categoria.
Reformas custaram US$ 60 mi
Hockenheim
– As reformas de Hockenheim, que começaram em janeiro, consumiram US$ 60 milhões, incluindo o trabalho de reflorestamento que será necessário depois da derrubada de uma parte da Floresta Negra. Com as alterações, o GP da Alemanha passará a ter 67 voltas, no lugar das 45 do ano passado.A capacidade de público foi ampliada para 110 mil lugares, com novas arquibancadas ao longo da Parabolika e a uma tribuna futurista bancada pela Mercedes-Benz.
O novo traçado passa a ser usado no ano em que Hockenheim completa 70 anos. A pista foi inaugurada em 29 de maio de 1932 com uma corrida motos num circuito ainda nem asfaltado. Era um trioval.