Fernando busca consagração no Coxa

Quando chegou ao Coritiba, no início do ano passado, o goleiro Fernando era apenas mais um a esquentar o banco de reservas, já que o titular seria o conhecido Wéllerson. Aos poucos (e passando por cima de algumas decepções), o jogador tornou-se um dos destaques da equipe e virou ídolo da torcida. Com isso, Fernando era uma prioridade de renovação ao final de 2002. E ele conseguiu uma marca significativa: renovou seu contrato por dois anos, fato que dificilmente aconteceu na história do clube com jogadores contratados. Agora, sendo uma das estrelas do futebol paranaense, o goleiro fala à Tribuna sobre a temporada 2003.

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– Você aproveitou a Lei Pelé para sair do Grêmio e ficar no Coritiba. A sua vontade finalmente foi ouvida?

Fernando

– Foi uma coisa que pesou muito. Todos sabem os motivos que me fizeram ficar, e não é de graça que eu estou aqui. Identifiquei-me com a torcida, fui bem tratado pelos dirigentes e por todos aqui em Curitiba, e a minha vontade foi feita. O bom é isso: estar satisfeito no lugar que você quer, e eu estou no Coritiba com muita vontade de trabalhar.

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– A espinha dorsal do time foi mantida. Isso te dá mais esperanças de conquistar um título este ano?

Fernando

– Claro. Ano passado tivemos uma boa campanha apesar do pouco tempo de trabalho que o Bonamigo teve. Agora, com essas condições que nós temos para trabalhar, e os jogadores se conscientizando que este é o momento de conquistar o campeonato, podemos sim ganhar títulos.

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– Esse é o ano de sua afirmação?

Fernando

– Ano passado disputei meu primeiro campeonato brasileiro de primeira divisão, e como experiência foi muito bom. Pude fazer um trabalho razoavelmente bom, e agora mais maduro, adquirindo mais experiência e com muita motivação posso chegar mais longe. Mas não posso esquecer o que me levou a ter essa situação no Coritiba, que foi ter muita dedicação nos treinos e humildade para ouvir as opiniões das outras pessoas. Com trabalho e saúde, tenho tudo para fazer um campeonato melhor ainda.

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– E você já começa a pensar até em Seleção?

Fernando

– Acho que é muito cedo. Apareci no futebol paranaense este ano. Sei que as coisas no futebol acontecem muito rápido, mas eu tenho que trabalhar primeiro para me firmar no Coritiba, continuar tendo o respeito da torcida e dos meus companheiros. Vou pensar exclusivamente no Coritiba.

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– Se você pudesse escolher uma coisa para acontecer na sua vida dentro do futebol este ano, o que seria?

Fernando

– Eu já tive a oportunidade de ser campeão jogando pelo Vila Nova (de Goiás), que não é um time do tamanho do Coritiba. Então, e não sou só eu que penso assim, porque meus companheiros têm o mesmo pensamento, o que eu gostaria é de ganhar um título pelo Coritiba.

Troca põe fim ao caso Tcheco

Será que hoje é o dia? É muito provável que o Coritiba anuncie – finalmente – a renovação de contrato de Tcheco com o clube por dois anos, envolvendo a cessão de jogadores alviverdes para o Malutrom. O acordo também prevê que o meio-campista segue vinculado ao clube de São José dos Pinhais pelas próximas três temporadas. Seria o final esperado para uma novela que parece sem fim.

Apesar do pretenso interesse do Corinthians, as negociações entre Cori e Malutrom foram aceleradas a partir da tarde de sexta, quando o presidente Juarez Malucelli voltou da Europa – onde estava de férias e também conversando com clubes que demonstraram vontade de contar com Tcheco. Na sexta, houve uma conversa de Malucelli com o presidente coxa Giovani Gionédis – que desde o início da ‘novela’ eram os responsáveis pela negociação.

Sábado, uma reunião foi marcada às pressas na sede do Malutrom, próxima ao Parque Barigüi. Nela compareceram Tcheco, seu procurador Ruy Gel e o lateral coxa Tesser, um dos possíveis reforços do time de São José. “Nós ficamos sabendo do interesse pelo Tesser nos últimos dias”, contou o secretário coxa Domingos Moro.

Além do lateral-direito, o Malutrom pode levar mais dois jogadores jovens do Coritiba: o goleiro Júnior e o zagueiro Thiago Soler, que disputou até ontem a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Se os três seguirem para São José dos Pinhais, uma quinta negociação poderá acontecer – Rodrigo Batatinha (que jogou no segundo semestre de 2002 em Portugal) entraria nos planos do Coritiba. (CT)

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