O meia Fernandinho, do Atlético, foi convocado ontem para a seleção brasileira sub-20 e vai disputar o mundial da categoria, a partir do dia 27 deste mês, nos Emirados Árabes Unidos. Ele será o substituto de Leandro Bonfim, que foi dispensado da convocação a pedido do PSV, da Holanda. Além dele, o volante Carlos Alberto, do Figueirense, também foi chamado para o período de preparação para a competição, que acontece no centro de treinamento da CBF, em Teresópolis.
A escolha dos jogadores foi feita pelo técnico Marcos Paquetá, que ainda deve chamar mais quatro atletas (de clubes que ainda estão disputando as séries A e B) para completar a delegação que seguirá para a disputa da competição. Esses nomes serão definidos até o dia 17 de novembro. Hoje mesmo, os dois novos convocados deverão se apresentar na Granja Comary.
Feliz com o quarto chamado para defender a camisa amarela (a segunda para a sub-20), Fernandinho considera essa a melhor oportunidade de mostrar seu futebol. “Com certeza. Até mesmo por se tratar de uma competição mundial”, disse à Tribuna. Mas não param por aí os objetivos do meia. Além de querer fazer um bom papel no mundial, o atleticano também estará de olho nas Olimpíadas do ano que vem. “A gente tem sempre que pensar em nosso benefício. Não é por ter somente 18 anos que vou achar que não tenho condições. Vou fazer de tudo para disputar bem esse mundial e mostrar que também posso ir para a sub-23”, apontou.
Em Teresópolis, Fernandinho se juntará a Dagoberto e Adriano, do Coritiba. O atacante atleticano está mantido na delegação brasileira mesmo com uma contusão no tornozelo direito. Segundo o chefe do departamento médico do Atlético, Edílson Thiele, ficou acertado com a comissão técnica da seleção sub-20 que o jogador manterá o mesmo tratamento que já vinha fazendo no CT do Caju. “Ele deverá tratar cerca de três semanas e provavelmente perderá os dois primeiros jogos do mundial”, revelou o médico. Com isso, conforme o médico, está afastado o risco de uma volta precipitada aos gramados.
Amistosos
Na preparação para o mundial (de 27 de novembro a 19 de dezembro), o time de Marcos Paquetá fará dois amistosos no Brasil antes do embarque para os Emirados Árabes Unidos. Na sexta-feira, dia 14, o adversário será o Cabofriense e no dia 17, segunda-feira, o time jogará contra o Botafogo. O Brasil está no grupo C, com sede na cidade de Dubai, ao lado de Canadá, República Checa e Austrália. A estréia brasileira será no dia 28 de novembro, contra o Canadá.
Atlético ouve sócios para projetar o clube de 2004
Rodrigo Sell
O Atlético já está se preparando para a conclusão da Arena e quer saber de seus torcedores o que deverá dispor nas novas instalações. Antes de iniciar as obras da conclusão do Joaquim Américo (ainda sem definição oficial), o clube quer ter o máximo de informações e se preparar para os futuros “clientes”. Para isso, contratou o Instituto Bonilha, que vai mapear nos próximos dias a opinião de sócios e torcedores e repassar os dados necessários para o clube.
De acordo com Rogério Bonilha, diretor do Instituto, essa é a segunda etapa de um trabalho iniciado antes da construção da Arena. “Nós vamos estudar a comercialização dos produtos, projeto arquitetônico e necessidades dos torcedores”, disse à Tribuna. Entre os pesquisados estarão sócios de cadeiras, de camarotes e até torcedores eventuais, entre outros. “Um dos grupos (a serem pesquisados) é com gente de mídia, de marketing, que também vai opinar sobre as instalações do estádio”, prossegue.
De acordo com ele, este tipo de pesquisa sempre é realizado às vésperas de lançamento de um novo produto e o Rubro-Negro tem novidades para 2004. Independente da conclusão do estádio, o clube irá ter de volta o direito sobre cadeiras e camarotes e poderá renegociar o direito de uso novamente com seus torcedores.
Além disso, a pesquisa também deverá revelar o interesse dos atleticanos por outros tipos de produtos, como uniformes e todo o tipo de material vinculado à imagem do Furacão. “Nós fazemos pesquisa de mercado e também temos experiência na área esportiva. Já fizemos trabalhos para o Clube Curitibano e para a academia de Gustavo Borges”, aponta.
Apesar de o clube estar nas vésperas de eleições, Bonilha garante que a pesquisa não tem fins políticos. “A parte política não interessa. Até poderia, porque nós somos conhecidos pelas pesquisa eleitorais e somos bons nisso, mas aí teríamos que ser contratados por um grupo e não pelo clube como fomos agora”, explica. De acordo com ele, o resultado dos levantamentos farão parte do planejamento do clube para o ano que vem.