Fernandes mantém três volantes contra o Palmeiras

Sábado passado, ao escalar o Londrina que enfrentaria o América-MG, o técnico Roberto Fernandes surpreendeu com o anúncio de três volantes: Dário, Rocha e Germano. Contra o Palmeiras, no próximo sábado, em São Paulo, esta formação será mantida. “Precisamos ser cautelosos”, afirma o treinador.

Se os volantes estão confirmados, a briga entre os laterais está acirrada. Jamur, Cassiano e Fabinho tentam uma vaga. Fernandes adianta que apenas Lima é intocável. O que ele não revela é o lado do campo em que o jogador vai atuar – a valer o jogo com o América, será como lateral-esquerdo.

No empate, por 2 x 2, em Belo Horizonte, o meia Valdeir foi improvisado, por questão tática, na lateral-esquerda. Sábado, ele deve retornar à sua posição de origem, empurrando Marcelo Silva para o ataque. Nesta equação, Anderson Lobão é o mais próximo de perder a camisa de titular.

Será quinta-feira o coletivo final visando o confronto contra o Verdão, sábado. Por enquanto, o time mais provável do Londrina é: Marcelo; Jamur, Marcão, Dé e Lima; Dário, Rocha, Germano e Valdeir; Marcelo Silva e Fumaça.

Júnior admite voltar ao Verdão

Pentacampeão com a seleção brasileira, Junior aproveitou bem suas férias no Brasil antes de voltar ao batente, dia 18, quando entra em sua quarta temporada no campeonato italiano pelo Parma. Daqui a dois anos termina seu contrato com o clube italiano. E não está descartada a possibilidade de ele voltar ao Brasil para jogar, de preferência pelo Palmeiras.

“Na segunda divisão não, né? Mas eu tenho certeza que o Palmeiras volta para a primeira ainda esse ano. Não penso em voltar agora, mas quando voltar seria legal o Palmeiras. O clube mora mesmo no meu coração.”

O jogador contou ontem, antes de viajar para a Europa, que nas férias “cansou” de beber água de coco e comer acarajé em sua Bahia, refestelou-se com as delícias da maior festa de São João do Brasil, em Campina Grande, terra de sua mulher e que a partir de hoje volta a comer “muuuito” macarrão.

Mas a regularidade do lateral-esquerdo, reserva de Roberto Carlos na última Copa do Mundo, não chama atenção apenas por conta do apetite: em dez anos de carreira, o lateral-esquerdo jamais ficou fora de uma partida por contusão. “Só tive quando jogava nas categorias de base, foi uma lesão na coxa, mas depois disso nunca mais. Só fiquei sem jogar quando recebi cartão vermelho e amarelo”, disse Júnior, quase um fenômeno no futebol truculento que se pratica a partir dos anos 90, que aos 30 anos preserva a forma em 65kg distribuídos em 1,73m.

O jogador está de bem com a vida. Em novembro nascerá seu segundo filho: “Vai nascer aqui em São Paulo, como o Gabriel”, garante, referindo-se também ao primogênito, de 3 anos. Apesar de estar mais articulado e ostentando anéis e brincos que não costumava usar nos tempos do Palmeiras, Junior diz que continua o mesmo: “Falo mais agora do que quando cheguei, era mais bicho-do-mato, do interiorzão da Bahia (nasceu em Santo Antonio de Jesus em junho de 1973.) Mas continuo um cara tímido.”

Se deu ao luxo de recusar uma proposta para atuar no Benfica e conseqüentemente disputar a concorrida Copa dos campeões da Europa para permanecer no Parma, que disputará a Copa da Uefa graças à quinta colocação no último campeonato italiano.

“Na verdade fiquei bastante contente com o interesse do clube português, até seria interessante mudar um pouco, estar com novas pessoas numa nova cultura, mas quando foi na hora de acertar a parte financeira não deu certo.” Estar em Portugal seria ficar perto de um dos maiores ídolos de sua carreira, o técnico Luiz Felipe Scolari, com quem Junior trabalhou no Palmeiras e na Seleção Brasileira: “Aliás foi bastante estranho, outro dia, encontrá-lo do outro lado no amistoso do Brasil, de Parreira, contra Portugal, de Scolari. “O professor Scolari é uma pessoa incrível, uma paizão mesmo. Nunca vi uma pessoa tão capaz, com uma estrela tão brilhante.”

Magrão se rende à fisiologia

O volante Magrão resolveu comemorar sua boa fase na equipe do Palmeiras com uma revelação: a de que se submeteu desde o início do ano a um trabalho para aumentar sua massa muscular. O jogador diz que ganhou quatro quilos desde começo do semestre. “Ganhei mais arranque, explosão e isso ajudou a melhorar meu desempenho em campo”, reconhece. “Tive que dar o braço a torcer para a fisiologia.”

Magrão justificou o fato de ter se submetido a um tratamento para ganhar massa muscular após alguns anos de carreira, enquanto, no futebol, o comum é que este trabalho seja realizado no atleta logo que ele é promovido para o time profissional. “Na verdade sempre tentaram me convencer a fazer isso e eu sempre resisti. Mas o Valmir (Cruz) e o Irineu (Loturco), preparadores físicos, me convenceram a tentar”, explicou. “Fui fazendo aos poucos e, como percebi que estava dando resultado, continuei.”

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