Feras do surfe voltam ao mar hoje

Florianópolis – O clima mais uma vez não colaborou, e o vento Sul que na noite de sábado resultou num novo apagão em Florianópolis, com duração de quatro horas, e protesto geral da população, novamente tirou qualquer possibilidade da continuidade do Nova Schin Festival WCT Brasil, décima etapa do Circuito Mundial de Surfe.

Mas a previsão da meteorologia é de que hoje e amanhã as condições de mar sejam as melhores desde a última segunda-feira – quando foi aberta a janela brasileira de disputa da competição -, com ondas variando de seis a oito pés (de três a quatro metros), na Praia do Silveira, em Garopaba. Caso o vento sul reduza bem sua velocidade, as melhores condições estarão na Praia do Campeche, com ondas tubulares.

Numa reunião realizada entre o diretor de prova, Xandi Fontes, e os representantes dos surfistas (os australianos Jake Paterson, Kieren Perrow e Luke Eagan), ao meio-dia, na sala de reuniões do palanque principal do evento, na Praia da Joaquina, foi oficialmente adiado para hoje e amanhã, prazo final da janela de nove dias do WCT Brasil, quando obrigatoriamente, deverá ser finalizado o campeonato.

“As alterações climáticas nos obrigaram a adiar mais uma vez o evento. Mas estamos seguros de que as 31 baterias que restam para o fim da competição serão disputadas nas melhores condições de mar possíveis”, explicou Fontes, que acrescentou ainda estar confiante em poder proporcionar aos melhores surfistas do mundo, “condições épicas” para as fases decisivas da etapa brasileira do circuito WCT.

Para não perder tempo, a equipe de produção se dividiu em duas frentes na tarde de ontem. Uma se dirigiu à Praia do Silveira, em Garopaba, onde começou a ser montada ontem toda a estrutura a ser utilizada caso o local seja o escolhido para a continuidade da competição mesma praia onde foram disputadas as onze baterias que abriram o Nova Schin Festival WCT Brasil.

Mas para evitar danificar a vegetação de restinga (típica da região), Xandi revelou que já foram montadas barreiras de acesso no morro da Praia do Silveira, e uma equipe de vinte colaboradores vai orientar o público para que utilize apenas as trilhas. “Temos que dar o exemplo, pois o surfe e os surfistas têm consciência de que o ambiente deve ser preservado”, falou Xandi.

Já a outra frente foi aberta na Praia do Campeche, ao lado da Joaquina, para onde foi enviado o caminhão da organização, com o palanque móvel. “Estamos tomando todas as providências necessárias para que a competição proporcione aos atletas as melhores ondas”, reiterou Fontes, lembrando que a organização do evento mostrou capacidade e competência, para superar as condições adversas enfrentadas devido à falta de energia elétrica durante o WCT Brasil.

A expectativa entre os surfistas também é das melhores. Informado das condições de mar que são esperadas para hoje e amanhã, Luke Eagan revelou estar ciente de que a etapa brasileira terá um final emocionante.

“Quando não estamos competindo, essa busca pelas melhores ondas faz parte de nosso cotidiano. Então estas mudanças de local da prova não são novidade”, ponderou Eagan.

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