Feliz, Cuca acerta com o Coritiba até 2006

Tudo correu como se esperava. Alexi Stival, o Cuca, foi anunciado ontem como o novo técnico do Coritiba, e se apresenta hoje – já para trabalhar e preparar o time que enfrenta o Palmeiras amanhã, às 16h, no Couto Pereira. Em uma rápida negociação, como foi prometido pela diretoria, o treinador foi contratado para trabalhar no seu décimo quarto clube. E ele está satisfeito com o acerto.

"Eu estou muito feliz", confessou Cuca, que deixou o Flamengo no mês passado. "Eu estou me sentindo em casa, em um clube grande, com uma estrutura muito boa", comentou o técnico alviverde, que teve como fator decisivo para o acerto do contrato o fato de trabalhar em Curitiba. "Eu tenho duas filhas em idade de colégio (13 e 16 anos), e é bom poder ficar perto delas neste momento."

Cuca foi contatado na manhã de ontem, e na hora do almoço acertou com o Coxa. Ele se encaixava no perfil procurado pela diretoria. "Ele trabalha muito bem com os jogadores jovens, é da nova geração, e tinha interesse em um contrato de longa duração", conta o presidente Giovani Gionédis, que fechou um vínculo até o final de 2006. "O Coritiba é diferente, é um clube bom de trabalhar", afirma.

A filosofia alviverde de continuar apostando nas categorias de base agrada o novo treinador. "Conheço estes garotos, sei da qualidade deles", diz Cuca, que elogia também o elenco do Cori. "O grupo está formado, diferente do que aconteceu no Flamengo, por exemplo. Acho que, pela situação que aconteceu, consegui fazer um trabalho muito bom lá", comenta o técnico, que teve também boas passagens por Paraná Clube, Goiás e São Paulo.

No Alto da Glória, Cuca reencontrará Marquinhos -eles trabalharam juntos no São Paulo e no Paraná. O último capítulo da relação deles foi complicado: o jogador ficou no Morumbi e acabou dispensado semanas depois. "Ele tinha uma possibilidade de atuar a sétima partida no Brasileiro, e aí não poder mais jogar em nenhuma equipe. Conversei com ele e com o (fisicultor) Carlinhos Neves, ponderamos as possibilidades, o próprio convite do Coritiba. Disse a ele que era meu titular, que ia colocá-lo em campo contra o Once Caldas, pela Libertadores. Ele foi muito bem contra o Grêmio. Na Colômbia, sofremos um gol cedo e precisei alterar a forma da equipe jogar. Meu plano era ser campeão da Libertadores, ir a Tóquio e o Marquinhos renovar contrato. Não deu certo", relata.

O armador, em recuperação de uma pubalgia, diz ter superado o episódio. "Fiquei chateado porque tinha acertado com o Coritiba, mas conversamos depois. Está tudo bem, até porque foi o Cuca que me tirou do futebol amador para o Avaí. Ele é um dos meus lançadores", afirma. "Eu tenho muito apreço pelo Marquinhos, e ele vai ser muito importante para o Coritiba", finaliza Cuca.

Lopes dá adeus, mas com dever cumprido

O adeus oficial de Antônio Lopes aconteceu ontem. Visivelmente emocionado, o Delegado agradeceu pelos bons momentos, mas reconheceu estar chateado por sair do Coritiba.

Para o Delegado, o Coxa está em ascensão. ?A prova são as duas últimas boas atuações, contra o Santos e contra o Treze?, comentou o ex-treinador alviverde, que aproveitou o momento para elogiar o grupo. ?Eu estou muito feliz em ter convivido com um grupo excepcional, de amigos?, confessou ele, que pouco antes tinha se despedido dos jogadores.

Lopes foi embora com a sensação de dever cumprido. ?Conquistamos um título estadual na casa do nosso arquirrival, cumprimos o que foi planejado, lançamos garotos que vão dar muitos frutos para o Coritiba. E deixo o time evoluindo?, finaliza.

Um curitibano assume depois de 13 anos

Ao assumir o Coritiba, Cuca ?quebra um tabu?. Ele é o primeiro curitibano a comandar a equipe desde 1992, quando Borba Filho deixou o Alto da Glória. O fato de trabalhar em um clube da capital foi decisivo em seu acerto, e o fato é novidade para ele. ?É verdade? Legal, muito bom saber disso?, afirma.

Ele terá ao seu lado, como auxiliar, o irmão Avlamir Stival, o Cuquinha, que jogou no Coritiba – foi formado nas categorias de base do clube. Somente ele será trazido pelo novo técnico, que vai trabalhar com a comissão montada pela diretoria. Apenas um auxiliar deixou o Coxa – Miguel Ferreira, que foi trazido por Antônio Lopes. De resto, o grupo será o mesmo, tanto no banco quanto em campo.

Jogo

Cuca terá problemas para montar o time que enfrenta amanhã o Palmeiras. ?Preciso saber com quem vou contar no jogo?, diz o treinador, que sabe das seis ausências. Estão fora Ricardinho e Miranda, suspensos, e os lesionados Rubens Júnior, Marquinhos, Rodrigo Batatinha e Luís Carlos Capixaba. O maior problema está na lateral-esquerda, que não tem jogador de ofício para ser utilizado. Logo após ser apresentado, o técnico comanda um trabalho tático, que definirá a equipe que vai jogar amanhã.

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