O técnico Luiz Felipe Scolari aproveitou a entrevista para o Jornal Nacional, na noite deste sábado, para lançar uma campanha para ter Thiago Silva na semifinal contra a Alemanha. O zagueiro, que já estava pendurado, recebeu o segundo cartão amarelo ao atrapalhar uma reposição de bola do goleiro colombiano Ospina, considerada atitude antidesportiva.

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Para lançar essa campanha, Felipão indicou que ignora as regras do esporte. “Não consigo entender o cartão amarelo. Pode ser que a lei diga que não pode passar na frente, mas quando eu vejo uma bola lançada para o alto pelo goleiro, para mim ela está em jogo”, alegou o treinador.

No lance do amarelo, Ospina corta um cruzamento na área e tenta repor a bola rápido para iniciar o contra-ataque, uma vez que os dois zagueiros da seleção brasileira estavam do outro lado do campo. Thiago Silva passa correndo no momento em que o goleiro joga a bola para o alto e bate nela, impedindo a reposição.

As diretrizes da regra 12 do futebol, porém, dizem que o goleiro tem a posse de bola quando ela está nas suas mãos e também no momento entre ele largar a bola com as mãos e ela tocar no chão ou em alguma parte do seu corpo. Na prática, o que Thiago Silva fez é semelhante a tirar a bola das mãos do goleiro.

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Apesar disso, a CBF pediu que Fifa retire o cartão. “O Thiago não tira a bola do goleiro, ele vem passando. Não tem condições de existir um amarelo para aquela oportunidade”, opina Felipão.

O treinador, porém, diz que não faz isso por não confiar nos reservas e que lutaria para contar com qualquer jogador e não apenas Thiago Silva. “Acabei de conversar com meu grupo e explicar por que da minha luta para termos o Thiago. Não porque não tenha confiança no Henrique e no Dante. Lutaria por qualquer um que fosse. Temos que continuar insistindo e mostrando o lance. Se a Fifa olhar esse lance acredito que ela vai entender e poderá mudar o que o árbitro fez”.

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