O suíço Roger Federer, vice-líder do ranking mundial de tênis, não perdeu a chance de alfinetar seu mais novo algoz, Andy Murray, nesta segunda-feira. Ao saber que o escocês é o favorito nas bolsas de apostas para o título do Aberto da Austrália, Federer questionou a condição do rival, número 4 na lista da ATP.
“Ele está em ótima posição, começou o ano jogando bem em Doha e teve um bom final de temporada no ano passado. Mas me surpreende que seja apontado como favorito, porque nunca venceu um Grand Slam”, disse o suíço, referindo-se aos quatro maiores torneios da temporada – Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open – nos quais tem 13 conquistas.
“Novak (Djokovic) é o atual campeão, Rafa [Nadal] fez uma temporada incrível no ano passado e eu venci o último Grand Slam da temporada. Então é surpreendente ouvir outro nome como favorito. Mas vamos ver o que acontece”, afirmou o ex-líder do ranking mundial.
As críticas de Federer têm fundamento se considerado o retrospecto dos outros tenistas por ele citados, mas também carrega uma questão pessoal. O suíço já perdeu duas vezes para Murray nesta temporada – no torneio exibição de Abu Dabi e no ATP de Doha.
No confronto entre ambos, o escocês leva ampla vantagem, com cinco vitórias contra duas, e venceu os últimos três confrontos – sem contar a partida em Abu Dabi, que não entra no retrospecto da ATP. Nesta terça, Murray disse à imprensa britânica que já se habituou a enfrentar o rival. “Não fico mais nervoso quando jogo contra Federer”, afirmou.