Preocupada com o resultado de recente análise das águas da Baía de Guanabara, a Federação Internacional de Vela anunciou que vai encomendar um estudo próprio para avaliar a qualidade das águas do local, sede das provas da modalidade durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano.

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Diretor executivo da federação, Peter Sowrey afirma que a pesquisa vai detectar a eventual presença de vírus e bactérias na água. A entidade decidiu promover sua própria análise depois que a agência de notícias Associated Press divulgou relatório nesta semana apontando a presença de vírus e coliformes fecais nas águas da Baía de Guanabara, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ambas sedes de eventos olímpicos, e na praia de Copacabana.

De acordo com a análise, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais. Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais.

Também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS), por encomenda da AP.

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A divulgação da análise gerou repercussão mundial e voltou a preocupar entidades olímpicas. Na sexta-feira (31), o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, questionou os resultados da análise e os supostos “interesses” por trás da investigação.

Ele afirmou que nos próximos dias o governo vai revelar o trabalho que vem sendo feito para despoluir a Baía de Guanabara, em conjunto com autoridades e especialistas.

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Em nota divulgada na sexta, a Federação Internacional de Vela reiterou que está em constante contato com o governo do Rio, o Comitê Rio-2016 e o Comitê Olímpico Internacional (COI) para cobrar medidas que assegurem a saúde dos atletas durante a Olimpíada do Rio.