Federação consegue anular leilão da sede do Tarumã

A Federação Paranaense de Futebol conseguiu anular o leilão da sede do Tarumã, que estava marcado para a próxima sexta-feira com valor inicial de R$ 2.690 milhões. A medida judicial pretendia saldar dívidas da FPF com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nesta ação, a Justiça Federal indicava o leilão para pagamento de dividendos de R$ 3.954.528,18.

Um segundo leilão estava marcado para o dia 23 de março, caso não houvesse arremate na primeira tentativa.

Sob alegação de que a avaliação do imóvel estava muito abaixo do mercado, a Federação conseguiu despacho favorável do juiz substituto Fabiano Bley Franco, da 2.ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, da Justiça Federal, para que nova perícia seja realizada. “Tempestivamente, a executada vem oferecer impugnação à avaliação do bem imóvel com datas de leilão designadas. Cancelo os leilões de março. Anote-se”, escreveu o juiz em seu despacho.

Antes de iniciar a avaliação do prédio que abriga a sede da Federação, o INSS tem até o dia 15 de março para definir se nomeará um perito para também analisar o imóvel. Para evitar o leilão do prédio a valores tão baixos, a FPF encomendou uma análise particular da propriedade, que apontou quase R$ 1 milhão de diferença de valores. Na avaliação da entidade, o valor do imóvel está mais próximo da dívida com o INSS que levou a Justiça a indicar leilão do patrimônio.

Com a anulação do leilão, a Federação ganha um tempo extra para tentar sanar de vez suas dívidas, avaliadas na casa dos R$ 70 milhões, sendo que 95% delas correspondem a dívidas com o INSS e com IPTU. Para “limpar o nome” a entidade utilizaria a venda do Pinheirão para conseguir levantar o dinheiro necessário. Embora o assunto seja mantido em sigilo, alguns grupos estariam brigando pelo estádio.

Em outubro do ano passado, a FPF conseguiu impedir que o Pinheirão fosse a leilão, pagando parte das dívidas com o INSS, mas não teve sucesso na negociação do estádio. Sem os recursos para pagar outras dívidas, a entidade não conseguiu evitar que outras ações colocassem novamente seu patrimônio em risco e um novo leilão do Pinheirão também foi agendado para este mês. No entanto, com a praça esportiva é avaliada pela Justiça Federal em cerca de R$ 45 milhões, a Federação conseguiu argumentos suficientes para também pedir a anulação e justificou que os valores estavam abaixo do valor venal real de mercado. Na avaliação feita pela FPF, o Pinheirão hoje pode render R$ 66.635 milhões, no mínimo.

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