Farah, acreditem, diz que pendura a cartola

Depois de 15 anos e sete meses à frente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah anunciou que a partir de agosto estará definitivamente fora da entidade. A saída de cena do dirigente foi exposta num programa de televisão, ontem, produzido pela própria Federação. Licenciado desde 15 de janeiro, Farah promete dar adeus ao futebol.

Ele foi o entrevistado no quadro Personalidades no programa Futebol Paulista e Você, produzido pelo jornalista e publicitário Edgard Soares. Visivelmente abatido, Farah, de 69 anos, acha que chegou o momento de se dedicar à família. Na sua opinião, a FPF estará em mãos competentes sob o comando de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente em exercício, e do vice-presidente eleito Marco Pollo Del Neto, que por mais de 15 anos presidiu o TJD Tribunal de Justiça Desportiva. Segundo Farah, “já há algum tempo o futebol paulista é tocado por 14, 16, 20 mãos. No futebol não há mais espaço para super-homem, que faz tudo sozinho”.

No balanço final sobre seu desempenho, Farah disse que o saldo é positivo. “É claro que cometi alguns erros, mas de forma geral tive mais acertos.” Ele citou algumas inovações recentes introduzidas em São Paulo como as sete bolas em jogo e o spray, ambas medidas adotadas pela Fifa. Ele acredita que a dupla arbitragem, outra experiência, será adotada no futuro.

O dirigente reconhece que o futebol brasileiro vive seu pior momento, mas lembrou que o contexto de crise mundial também interfere. Elogiou os dirigentes brasileiros, segundo os quais “têm um poder incontrolável”, mas criticou a omissão dos clubes.

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