Família proíbe avó de assistir a jogos de Andy Murray

O escocês Andy Murray está a duas vitórias de uma conquista histórica em Wimbledon. E para quebrar o tabu de 73 anos sem um título britânico no torneio, vale qualquer esforço e até mesmo um toque de superstição. Por isso, a avó do tenista, Shirley Erskine, de 73 anos, está proibida de aparecer na quadra central do All England Club.

Segundo Judy Murray, mãe do tenista e filha de Erskine, a vovó Murray dá azar ao neto. Nas três últimas partidas em que ela esteve presente, todas na data do aniversário de Andy, ele deixou a quadra derrotado. A última foi contra Juan Martin del Potro, no Masters 1000 de Madri.

“Ela claramente dá azar e eu não vou levá-la às partidas novamente”, disse Judy nesta quarta-feira. Sem a avó no camarote da família, Andy Murray venceu o espanhol Juan Carlos Ferrero por 3 sets a 0, com parciais de 7/5, 6/3 e 6/2, e conquistou vaga na semifinal.

A senhora Erskine, no entanto, não desiste. Ela quer tentar convencer os familiares a deixá-la assistir à partida do neto contra Andy Roddick, na sexta-feira. “Estou tentando convencê-los de que não dou azar, porque também quero torcer por Andy”, disse.

Mas se a sua ausência aumentar as chances de título do neto, a vovó Murray abre mão de ir à quadra e fica em casa. “Se puder fazer qualquer coisa para dar sorte a Andy, eu farei”, garante.

A superstição da família Murray explica-se pelo mau desempenho recente dos britânicos no torneio. Desde 2002 um tenista da casa não chegava à semifinal em Wimbledon – o último foi Tim Henman. O título mais recente aconteceu em 1936, com Fred Perry; o último finalista foi Bunny Austin, em 1938.