F-1 serve de inspiração para o Exército britânico

A eficiência de uma equipe de Fórmula 1 nas operações de pit stop serviu de inspiração para o Exército britânico, que vai adotar o know-how das pistas para melhorar a performance de sua divisão aérea. Há dez meses os militares ingleses procuraram dirigentes da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para estudar maneiras de aplicar as técnicas das paradas nos boxes aos procedimentos de reabastecimento e armamento de seus helicópteros de combate Apache.

No ano passado, o brigadeiro Richard Folkes, diretor da Aviação do Exército, fez o primeiro contato com os homens da F-1. A FIA designou o engenheiro Nick Wirth, ex-dono da Simtek, para observar o trabalho dos soldados na escola preparatória do Exército na cidade de Wallop e dar sugestões para aumentar a eficiência das operações. Ao mesmo tempo, militares britânicos passaram a acompanhar de perto alguns GPs para observar o trabalho dos mecânicos.

O resultado do “convênio” foi a adoção de uma série de procedimentos e equipamentos usados nas corridas pelas tripulações dos Apache, incluindo vestimentas especiais e máscaras anti-chamas. Segundo o Exército, o tempo de reabastecimento e rearmamento, considerado “crucial” nas missões de ataque dos Apache, foi reduzido em 50% depois da parceria com a F-1.

“A transferência de tecnologia do automobilismo para o Exército foi muito importante”, disse o secretário da Defesa do Reino Unido, Geoff Hoon. O brigadeiro Folkes agradeceu a ajuda e falou que “a F-1 e o Exército têm em comum o profissionalismo, a disciplina e a busca pela inovação. Essa colaboração melhorou nossa capacidade operacional, reduziu nossos custos e aumentou a eficiência dos Apache”, declarou o militar.

Silverstone

Em Silverstone, onde o acordo foi revelado, vários militares estiveram ontem vendo de perto os carros que, hoje, vão para a pista para os primeiros treinos da 11.ª etapa do Mundial. Choveu o dia todo e a previsão é de pista molhada nos três dias do GP da Inglaterra. Hoje acontecem treinos extras (com Minardi, Jaguar, Jordan e Renault), livres e de pré-classificação (este a partir das 10h de Brasília).

A chuva é a esperança de reação da Ferrari, que vem a Silverstone com várias novidades em seus carros. Foram feitas mudanças aerodinâmicas especialmente na parte dianteira, onde o time italiano adotou a solução usada pela Williams para acabar com o problema crônico de saída de frente de seus carros: aumentou o peso da asa, usando uma estrutura de aço no lugar de fibra de carbono.

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