Ex-ministro polônes diz que Podolski não poderia representar outro país

O ex-vice-ministro da Educação polonês Miroslaw Orzechowski afirmou que deveria ser retirada a cidadania polonesa daqueles que representam oficialmente outros países.

Sem mencioná-lo diretamente, o político se referia ao jogador Lukas Podolski, que marcou dois gols nesse domingo na vitória da Alemanha contra a Polônia em jogo válido pela Eurocopa.

Podolski nasceu em 1985 na cidade de Gliwice, no sul da Polônia, mas se naturalizou na Alemanha, para onde se mudou aos dois anos de idade.

Podolski não comemorou nenhum dos gols que marcou pela Alemanha, pois, segundo ele, "uma parte de meu coração está na Polônia".

Sua história é parecida com a de seu companheiro de time Miroslav Klose, nascido na Polônia em 1978, em Opole, e que chegou à Alemanha em 1987, mesmo ano de Podolski.

Orzechowski, atual presidente do partido extraparlamentar nacionalista da Liga das Famílias Polacas (LPR), escreveu em seu blog pessoal que "quem deixou a Polônia por motivos políticos ou econômicos não deveria poder representar desportivamente o seu novo país".

Caso a reclamação de Orzechowski seja ouvida, a própria seleção polonesa de futebol sofreria um desfalque. Há dois meses, foi concedida cidadania polonesa ao brasileiro Roger Guerreiro, que atualmente participa da Eurocopa representando a Polônia.

                  

Repercussão

Nesta segunda-feira (9), o Gazeta Wyborcza deu a manchete: "Podolski deixou a Polônia de joelhos", enquanto outros jornais preferiram destacar o pódio de Robert Kubica na Fórmula 1, primeiro polônes a ganhar uma corrida na categoria.

A partida entre Polônia e Alemanha foi acompanhada por onze milhões de poloneses, de acordo com dados do Instituto TNS Obop, que ressaltou também as transmissões em telões espalhados pelo país.

Em Bytom, um sem-teto de 51 anos morreu esfaqueado após ter discutido com o autor do crime sobre um lance polêmico do jogo.

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