Ex-chefe do antidoping russo morre três meses após escândalo estourar

Principal nome por trás da Agência Antidoping da Rússia (Rusada), acusada de envolvimento direto no escândalo de doping no atletismo do país, Nikita Kamaev morreu no domingo, aos 52 anos. De acordo com uma fonte da agência de notícias russa Tass, Kamaev teve um enfarte fulminante em casa depois de uma sessão de esqui.

“Ele nunca se queixou de problemas cardíacos, pelo menos para mim”, disse à Tass o ex-diretor geral da Rusada Ramil Khabriyev. Nem ele nem a agência estatal de notícias deram maiores informações sobre a morte de Kamaev, que supostamente conhecia todo o esquema de doping do qual a Rússia é acusada.

A Rusada, que Kamaev comandava até dois meses atrás, foi acusada por um painel independente da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) de violar os padrões dos testes antidoping de forma a não punir competidores russos do atletismo.

Após a recomendação do painel, a Rusada e o laboratório antidoping credenciado de Moscou foram suspensos. Kamaev e mais quatro dirigentes da Rusada apresentaram pedido de demissão e deixaram seus cargos.

Quando as primeiras denúncias vieram à toa, em dezembro de 2014, por meio de um documentário de um canal alemão, Kamaev disse que as acusações eram “risíveis”. Depois, quando o laboratório foi descredenciado, ele afirmou que a decisão era “um completo nonsense”.

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