Chinês campeão

Evangelino: que saudades do eterno presidente coritibano

Chinês, essa é a alcunha do saudoso dirigente que mais ganhou títulos em um clube do futebol paranaense. Evangelino da Costa Neves nasceu no dia 09 de novembro de 1925, na cidade de Santos-SP. Após algumas passagens por diversas cidades brasileiras, Evangelino chega a Curitiba em 1944.

Em 1967, Chinês foi eleito presidente do Coritiba, posição que ocupou por mais de 20 anos. Foram três mandatos – em 1967, 1982 e 1992. Durante sua gestão como presidente do Coxa, Evangelino participou da maior conquista do clube – o Campeonato Brasileiro de 85. Além de muitos outros títulos estaduais, regionais e internacionais na década de 1970 e o Torneio do Povo de 73.

Graças ao perfil valente de Evangelino, o clube passou a fazer parte do hall das grandes equipes do futebol brasileiro e a ganhar a simpatia de novos torcedores, que viam na determinação do “eterno presidente” e as conquistas do Verdão uma oportunidade de fazer parte da legião de coxas-brancas que lotam os estádios e incentivam o clube a conquistar a vitória.

Evangelino levou o Cori ao alto da glória a partir da sua determinação e da histórica sequência de títulos na década de 1970. O Coritiba, com Evangelino na presidência, conquistou 11 títulos estaduais; foi três vezes campeão do Torneio Internacional de Verão; campeão da Fita Azul; conquistou o Torneio do Povo de 73; o Torneio Quadrangular de Goiás; levou para sua galeria duas Taça Cidade de Curitiba; o Torneio Akwaba, em 1983 e o Torneio Maurício Fruet. Soma-se a estas conquistas o título de campeão brasileiro de 1985, período que o Chinês exerceu um papel fundamental para a vitória do Coritiba, dentro e fora dos gramados.

Nas palavras de Edu Brasil, que desde 1985 cobre o Coritiba, Evangelino foi exímio em sua função como presidente. “Ele sabia dirigir o clube. Conhecia os pontos fracos e fortes e sabia administrá-los dentro do futebol. Não há, em nenhum clube brasileiro, um presidente como foi o Evangelino”, ressaltou.

Evangelino deixou a cadeira de presidente do Coritiba em 1995. O “campeoníssimo” faleceu aos 82 anos no dia 5 de abril de 2008, deixando várias gerações de coxas-brancas de luto.

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