Estatuto do torcedor funciona. Longe do ideal

Os cartolas chiaram, mas o Estatuto do Torcedor entrou em prática, no fim de semana, com avanços e muitos pontos ainda falhos. Os freqüentadores dos principais estádios do País se sentiram, em geral, mais bem tratados, sem que isso tivesse alterado a rotina dos organizadores dos jogos. Ficou a constatação de que, com mais boa vontade e programação, a lei que protege os “consumidores” de esporte pode “pegar”, como sugere o presidente Lula.

Os progressos, no Pacaembu, ficaram por conta dos 40 monitores contratados pelo Corinthians para orientar a torcida, antes dos 3 a 0 sobre o Juventude. Mas não houve emissão de recibos, mas como compensação as catracas devolveram os ingressos. Também houve filas nas bilheterias e os dirigentes do clube paulista alegaram que se tratou de “falha cultural”, porque a Fiel costuma deixar para comprar entradas em cima da hora. Também não faltaram orientadores no Estádio Independência, em Belo Horizonte, onde o Atlético-MG recebeu o Fluminense. Banheiros químicos, médicos, enfermeiros, ambulância e recibo de compra de ingressos fizeram parte do pacote de exigências atendidas. O Cruzeiro garante que vai providenciar logo transporte especial para deficientes. O Serra Dourada, em Goiânia, esteve mais apresentável para o jogo em que Candinho pediu as contas no Goiás, depois da derrota para o Criciúma. O gramado e as árvores, ao lado da entrada principal, estavam aparados. Quem reclamou, mesmo, foi a Polícia Militar, que faz a segurança do estádio e reivindica participação na renda.

Sem transtornos significativos, a Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, se mostrou apta a atender aos requisitos o mais rapidamente possível. O clube até já tem 15 câmeras de televisão em circuito interno e logo terá aparelhos voltados apenas para controlar a torcida. A principal reclamação se restringiu à pouca quantidade de ingressos para estudantes. Também faltou meia entrada no Barradão, em Vitória, sem contar que havia muitos banheiros sem porta. Banheiros sujos foi falha apontada por torcedores no Brinco de Ouro, em Campinas. O Mangueirão, em Belém, tem boa estrutura. Em São Januário, não houve emissão de recibos.

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