Só emoção

Estadual de 2014 é o mais equilibrado da década

O enorme equilíbrio na tabela do Campeonato Paranaense deste ano é um dos pontos altos da competição, que há anos não tinha os clubes tão próximos na classificação. Como comparativo, de 2011 para cá, o primeiro colocado sempre somou, pelo menos, 26 pontos, número que não poderá ser alcançado em 2014. A diferença da dupla Atletiba em relação as demais adversários, na maioria das vezes, foi gritante.

Nos três anos, o Estadual foi disputado em turno e returno, com o campeão de cada parte fazendo a grande final. Em 2011, o Coxa faturou os dois turnos e levou o título. Na primeira metade do torneio, somou 29 pontos, enquanto na segunda parte teve 100% de aproveitamento, com 33 pontos.

Em 2012, o Atlético foi o campeão do primeiro turno, com 26 pontos conquistados, um a mais que o Alviverde e o Cianorte, segundo e terceiro colocados, respectivamente. No segundo turno, o Coritiba levou a melhor, com 28 pontos.

Já na última temporada, mais uma vez Furacão e Coxa dominaram o Paranaense. O Alviverde ganhou a primeira metade, com 27 pontos, enquanto o Rubro-negro ficou com a segunda metade, somando 26 pontos. Em 2014, o primeiro colocado alcançará, no máximo, 21 pontos, pontuação que serviria nas edições passadas para chegar, na melhor das hipóteses, em terceiro. No primeiro turno de 2012, a equipe que chegasse a 21 pontos terminaria em quarto.

Um fato curioso é que o equilíbrio demonstrado este ano pode fazer com que um time fique entre os quatro primeiros colocados com apenas 15 pontos, algo que não foi possível nas três edições anteriores. Em 2011, o Iraty, com 20 pontos, e o Paraná, com 18, ficaram em quarto no primeiro e segundo turno, respectivamente. Em 2012, o Arapongas precisou somar 20 pontos na primeira metade, e outros 18 na segunda para conquistar a posição. Por fim, em 2013, quem terminou em quarto em cada turno foi o J.Malucelli, com 17 pontos, e o Operário, com 21.

Por outro lado, o Corinthians-PR (atual Jotinha), em 2012, e o Toledo, duas vezes em 2013, precisaram de apenas 12 pontos para terminar entre os oito primeiros colocados. Caso o regulamento fosse igual ao atual, estariam classificados para a próxima fase.

Agora, quem terminar com esta pontuação, terá que se contentar em brigar contra o rebaixamento no Torneio da Morte. Desta vez, até mesmo quem somar 15 pontos corre o risco de terminar entre os quatro últimos, o que nunca havia acontecido nesta década.